O drama da Galiza
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O drama da Galiza
O drama da Galiza
Artigo de opinião do diretor do jornal Correio do Minho
Costa Guimarães
http://www.correiodominho.com/cronicas.php?id=2438
Artigo de opinião do diretor do jornal Correio do Minho
Tudo o que se passa na Galiza não nos é indiferente, devido à fraternidade da vizinhança e da língua mãe. Por isso não deixa de ser preocupante a primeira página de anteontem de La Voz de Galicia. Se lhe colocassem uma cruz e uma tarja negra, parecia um anúncio de necrologia: “Adeus às Caixas”.
Os galegos, passado um ano, vivem numa melancolia de uma esperança frustrada.
Ao longo de um ano venderam-lhes a ideia de que a fusão das Caixas era a solução milagrosa para varrer a crise que podia contaminar o sistema. Como aconteceu em Portugal, seguindo os “diktats” de Paris e Berlim.
Os galegos acreditaram porque era razoável, criaram a Nova Caixa Galicia e entusiasmaram-se com a perspectiva de que os estranhos não entravam na sua querida “Caja” que guarda as suas poupanças.
O Governo encarregou-se de derrubar agora este entusiasmo porque Paris e Berlim dizem agora que os bancos tem de ter um “capital base” de oito por cento, contra os seis por cento, para passarem no teste de “stress”. Foi esse patamar dos seis por cento que lhes foi exigido há um ano e as levou ao processo de fusão. Mas um ano depois exigem oito por cento. Porquê?
São razões impostas pelo mercado — diz a ministra Elena Salgado aos galegos atordoados com este golpe brutal no seu poder autonómico, político e financeiro, desferido por essa força oculta e opaca que trava a sua expansão.
Se a fusão foi insuficiente, alguém se enganou ao receita-la aos galegos, asturianos, andaluzes ou castelhano-leoneses e mesmo catalães.
Depois do engano, sem pedido de desculpas, agora impõe-se às “Cajas” a necessidade de possuírem um capital de vinte mil milhões de euros.
Nesta melancolia de uma esperança frustrada terão os galegos forças para reunir todo o capital de pessoas e empresas para segurar a sua Nova Caixa Galicia?
As “Cajas” estão numa perfeita encruzilhada: ou reduzem os créditos e vendem activos, abrindo-se a investidores externos; ou se transformam numa sociedade participada por capital externo, para manter o nome; ou se convertem numa fundação sem ser accionista maioritário ou são nacionalizadas se em 30 de Setembro não conseguirem 9% de capital base.
Ora, a Nova Caixa Galega emprestou 30 mil milhões de euros (num total de 54 mil milhões de crédito) ao imobiliário no apoio a famílias, a construtores e em imóveis que os clientes deixaram de pagar. As outras “Cajas” estão em pior situação, mas Zapatero não tem contemplações. A hora é de acção para os galegos e os minhotos podem dar uma ajuda.
Os galegos, passado um ano, vivem numa melancolia de uma esperança frustrada.
Ao longo de um ano venderam-lhes a ideia de que a fusão das Caixas era a solução milagrosa para varrer a crise que podia contaminar o sistema. Como aconteceu em Portugal, seguindo os “diktats” de Paris e Berlim.
Os galegos acreditaram porque era razoável, criaram a Nova Caixa Galicia e entusiasmaram-se com a perspectiva de que os estranhos não entravam na sua querida “Caja” que guarda as suas poupanças.
O Governo encarregou-se de derrubar agora este entusiasmo porque Paris e Berlim dizem agora que os bancos tem de ter um “capital base” de oito por cento, contra os seis por cento, para passarem no teste de “stress”. Foi esse patamar dos seis por cento que lhes foi exigido há um ano e as levou ao processo de fusão. Mas um ano depois exigem oito por cento. Porquê?
São razões impostas pelo mercado — diz a ministra Elena Salgado aos galegos atordoados com este golpe brutal no seu poder autonómico, político e financeiro, desferido por essa força oculta e opaca que trava a sua expansão.
Se a fusão foi insuficiente, alguém se enganou ao receita-la aos galegos, asturianos, andaluzes ou castelhano-leoneses e mesmo catalães.
Depois do engano, sem pedido de desculpas, agora impõe-se às “Cajas” a necessidade de possuírem um capital de vinte mil milhões de euros.
Nesta melancolia de uma esperança frustrada terão os galegos forças para reunir todo o capital de pessoas e empresas para segurar a sua Nova Caixa Galicia?
As “Cajas” estão numa perfeita encruzilhada: ou reduzem os créditos e vendem activos, abrindo-se a investidores externos; ou se transformam numa sociedade participada por capital externo, para manter o nome; ou se convertem numa fundação sem ser accionista maioritário ou são nacionalizadas se em 30 de Setembro não conseguirem 9% de capital base.
Ora, a Nova Caixa Galega emprestou 30 mil milhões de euros (num total de 54 mil milhões de crédito) ao imobiliário no apoio a famílias, a construtores e em imóveis que os clientes deixaram de pagar. As outras “Cajas” estão em pior situação, mas Zapatero não tem contemplações. A hora é de acção para os galegos e os minhotos podem dar uma ajuda.
Costa Guimarães
http://www.correiodominho.com/cronicas.php?id=2438
Nambuangongo- Mensagens : 188
Data de inscrição : 25/12/2010
Re: O drama da Galiza
Este senhor já tinha escrito antes sobre a Galiza, não? Não lembro que dizia... mas algo temos comentado... não?
Isabel- Mensagens : 276
Data de inscrição : 25/12/2010
Re: O drama da Galiza
É verdade. À uns tempos atrás transcreveste um artigo do Costa Guimarães no Fórum do PGL. Salvo erro, creio que se tratava de um artigo sobre a língua na Galiza
Como as coisas nunca são "preto e branco": este Sr. que foi o Director do Correio do Minho, que é um péssimo jornal e, além de mais, é o pasquim do cacique bracarense, parece-me uma pessoa atenta e interessada com o que se passa Galiza....Ainda bem!
Como as coisas nunca são "preto e branco": este Sr. que foi o Director do Correio do Minho, que é um péssimo jornal e, além de mais, é o pasquim do cacique bracarense, parece-me uma pessoa atenta e interessada com o que se passa Galiza....Ainda bem!
Morcego- Mensagens : 48
Data de inscrição : 25/12/2010
Re: O drama da Galiza
Aqui podem-se consultar os artigos de Costa Guimarães sobre a Galiza no Correio do Minho:
Artigos sobre a Galiza
Artigos sobre a Galiza
Pedro Bravo- Mensagens : 140
Data de inscrição : 26/12/2010
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