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a AGLP em Macau

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Mensagem  cdurão Ter Abr 12, 2011 6:59 am

desculpas se não cabe aqui Macau, não topei outro sítio: http://pontofinalmacau.wordpress.com/2011/04/12/“a-reforma-ortografica-e-o-guarda-chuva-da-diversidade”/

"Evanildo Bechara [...] participa numa sessão ao lado de Malaca Casteleiro, da Academia de Ciências de Lisboa, e de Concha Rousia, da Academia Galega de Língua Portuguesa"

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Mensagem  Nambuangongo Ter Abr 12, 2011 8:27 am

Parabéns.

Aliás, a notícia ainda não está na web da AGLP.
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Mensagem  cdurão Ter Abr 12, 2011 11:29 pm

http://www.pglingua.org/especiais/aglp/3428-academia-galega-da-lingua-portuguesa-em-macau#comments

só cabe parabenizar sinceramente o Malaca Casteleiro, a Concha Rousia, e o Evanildo Bechara: esperamos muito deste encontro em Macau!

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Mensagem  Nambuangongo Sex Abr 22, 2011 11:59 am

Todos pela língua
April 13, 2011
by pontofinalmacau


Malaca Casteleiro, Evanildo Beshara e Concha Rousia falaram ontem nos Colóquios da Lusofonia. Eles defenderam o Acordo Ortográfico. A académica galega aproveitou para explicar as proximidades entre a Galiza e Portugal.



Hélder Beja



“Acho que Macau também tem de adoptar o novo Acordo Ortográfico. A adopção é irreversível.” É assim, de modo cabal, que o linguista Malaca Casteleiro, o mais importante académico português na adopção do novo Acordo, se refere à posição que o território deve tomar. “A questão tem estado um pouco numa certa incerteza, porque Portugal não adoptou [a norma] ao mesmo tempo que o Brasil. Deviam ter adoptado simultaneamente e procurado, pela via política, convencer os outros países a adoptarem, porque é em prol da língua portuguesa”, defende Malaca Casteleiro em entrevista ao PONTO FINAL, depois de mais uma palestra da 15ª edição dos Colóquios da Lusofonia, que decorrem até sexta-feira no Instituto Politécnico de Macau.

O académico dá o exemplo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que nas actas das reuniões tinha de usar “dois textos, um conforme uma ortografia e outro conforme a outra”. “Tenho sempre o cuidado, quando falo dos países de língua portuguesa, de referir também a RAEM, na qual a língua portuguesa é língua oficial”, refere Malaca Casteleiro, presença habitual na RAEM desde a década de 1980.

O linguista destaca a importância da nova norma para a aprendizagem do idioma, também em Macau: “Se pensarmos bem, do ponto de vista da aprendizagem a nível da iniciação, é muito mais fácil para um aluno aprender a escrever ‘director’ sem ‘c’ e ‘óptimo’ sem ‘p’, porque são consoantes que ele não articula, porque estão longe da realidade fonética, da realidade da pronúncia”. Explica Malaca que “um aluno, tanto mais estrangeiro, não tem presente a origem da palavra, nem os alunos portugueses”. E recorre mesmo ao seu exemplo de aluno para exemplificar aquilo que vê como uma dificuldade. “No primeiro ano do primeiro ciclo, começam a aprender português e vem a palavra ‘óptimo’. Lembro-me muito bem quando aprendi porque é que ‘óptimo’ se escrevia com ‘p’: porque no latim tinha ‘p’. Mas a criança não sabe latim, é um contra-senso”.

Malaca Casteleiro adita que “a nossa ortografia é muito próxima da pronúncia, ao contrário do inglês” e que já foram suprimidas ao longo da história da língua portuguesa muitas consoantes mudas. “Já escrevemos ‘fructo’, escrevemos ‘victoria’, escrevemos ‘anecdota’. Depois temos ‘contrato’. ‘Contrato’ no latim tinha ‘c’ e já se eliminou. Mas ainda há muita oscilação. Uma palavra como ‘prática’: se formos à Internet por ‘práctica’, há milhares de entradas escritas com ‘c’. Isso gera confusão”, refere.

Por isso Malaca Casteleiro vê a supressão das consoantes não articuladas como “uma medida que vai no sentido de facilitar a aprendizagem do português”.

Evanildo Beshara falou aos presentes para dizer que “uma reforma ortográfica nunca é para a geração que a faz” e referiu que 2011 é um ano marcante, já que assinala o centenário da primeira reforma ortográfica em Portugal, pouco depois da implantação da República.



Galiza ali perto



Concha Rousia, da Academia Galega de Língua Portuguesa, falou da proximidade do galego com a língua portuguesa e do “erro” que foi o afastamento que se deu durante o século passado. A académica analisou vários discursos que mostram uma vontade de reaproximar as duas partes.

Desde as centrais sindicais da Galiza que defendem a oferta do português nos currículos escolares da Galiza, à abertura do primeiro centro de ensino da língua de Camões da Universidade Aberta na Galiza, Concha Rousio analisou este como “o momento mais importante da mudança linguística na Galiza”, com uma nova consciencialização da proximidade que existe entre o idioma galego e o português.

Hoje os Colóquios da Lusofonia prosseguem, com uma sessão de poesia no Jardim de Camões e um passeio pela cidade, percorrendo o roteiro do escritor Henrique de Senna Fernandes, cravado nos seus livros.




“Instituições devem avançar”

Já é sabido que o Instituto Português do Oriente e a Escola Portuguesa de Macau estão a preparar a adopção da nova norma ortográfica para este ano. Agora, uma conferência que terá lugar no Instituto Politécnico de Macau, na próxima terça-feira, pelas 17h, vai debater a questão de como implementar o Acordo. “Acho que as instituições deviam realmente tomar a iniciativa de adoptar o novo Acordo Ortográfico. O Governo não tem implicações de maior”, defende Malaca Casteleiro, que estará presente na sessão. “O Acordo prevê respeitar o que está escrito. Nas ruas, nos nomes das empresas, não se prevê a necessidade de alterar. Só os manuais ligados ao ensino da língua portuguesa é que naturalmente hão-de ser alterados com o término da validade da edição”, acrescenta. Até porque, refere o académico, a literatura e outras obras publicadas “poderão ser lidas mesmo com ortografia não actualizada”. “Tal como agora lemos autores dos século XVIII e XIX que não estão segundo a nossa ortografia. Lemo-los sem problemas”, remata.


Fonte: http://pontofinalmacau.wordpress.com/2011/04/13/todos-pela-lingua/


Última edição por Nambuangongo em Sex Abr 22, 2011 12:20 pm, editado 1 vez(es)
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a AGLP em Macau Empty A apologia do acordo ortográfico

Mensagem  Nambuangongo Sex Abr 22, 2011 12:18 pm

A apologia do acordo ortográfico
MALACA CASTELEIRO optimista em relação ao português na RAEM e na CHINA

Apelidado por muitos como o “pai do acordo ortográfico”, Malaca Casteleiro defende que o Governo da RAEM deverá ratificar a nova norma ortográfica, para que todas as regiões e países lusófonos beneficiem com a unidade gerada. Uma opinião que foi reforçada por outros linguistas presentes no 15.º Colóquio da Lusofonia. Os benefícios, de acordo com o brasileiro Evanildo Bechara, poderão surgir mais tarde, dado que uma “reforma ortográfica nunca é para a geração que a faz”

paulo barbosa


Malaca Casteleiro considera que “é importante” que Macau adopte o acordo ortográfico “por uma questão de unidade da lusofonia”. “Se pensarmos nas crianças que aprendem a escrever, é muito mais fácil, para elas, aprenderem a escrever óptimo sem ‘p’, ou director sem ‘c’, isto é, sem consoantes que não articulam”, defendeu aquele que é considerado como um dos principais mentores do acordo ortográfico no primeiro dia do colóquio “Macau – Quatro Séculos de Lusofonia: Passado, Presente e Futuro”, que está a decorrer no Instituto Politécnico de Macau (IPM).
Para o professor jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde leccionou durante 37 anos, a manutenção de ortografias diferentes nos países lusófonos constitui “um contra-senso para a promoção da língua portuguesa no mundo” e anteriores reformas ortográficas – como a de 1912 em Portugal, “feita à revelia do Brasil” – terão falhado devido à “componente política”.
Desde 1982, Malaca Casteleiro tem vindo regularmente a Macau, para participar em acções de formação de professores, leccionação de cadeiras do curso de mestrado na Universidade de Macau e, mais recentemente, como examinador externo do IPM para a área da língua portuguesa, colaborando nos programas, assistindo a aulas, contactando com professores e avaliando o nível de ensino que se pratica no IPM. O académico faz um “balanço muito positivo e especial” destas suas deslocações ao território. “Criei uma empatia muito grande com Macau, tenho aqui amigos e, se tivesse que escolher uma terra, para além de Portugal, para viver, escolheria Macau, porque me sinto aqui muito bem e sinto que sou útil à promoção da língua portuguesa.”
“Ao contrário do que muito gente previa, eu sempre acreditei na continuidade da língua e da cultura portuguesas aqui no território. Isto porque os nossos amigos chineses são os primeiros a promoverem a língua portuguesa”, afirmou o linguista, exemplificando com o facto de já existirem na China “cerca de 30 universidades com cursos de licenciatura em português” e de, em Macau, haver “muitos milhares de alunos a aprender português nas escolas de língua chinesa, nas escolas portuguesas e nas instituições de ensino superior”. Na opinião de Malaca Casteleiro, as autoridades locais e a China “estão particularmente empenhadas na promoção da língua portuguesa como uma forma de intercâmbio no domínio das relações comerciais, económicas e culturais com os países de língua portuguesa, que são países com 240 milhões de falantes espalhados pelos quatro continentes”.
Evanildo Bechara, da Academia Brasileira de Letras, reconheceu que “é bem verdade que uma reforma ortográfica é sempre recebida com uma certa perplexidade e má vontade”, defendendo que os seus efeitos se farão sentir principalmente nas gerações que agora começam a aprender o idioma: “Uma reforma ortográfica nunca é para a geração que a faz, pretende diminuir as dificuldades das crianças que começam a passar da língua oral para a língua escrita”, aponta.
O investigador brasileiro, que tem 83 anos, alega que o seu país fez mais concessões para o novo acordo ortográfico do que Portugal, onde “há um abuso no emprego das consoantes não articuladas, que ocupam um espaço proporcionalmente grande”, que se compara com a prática no Brasil.
O acordo será implementado definitivamente no Brasil em 2012, enquanto que Portugal passará por uma fase transitória até 2014, naquilo que Evanildo Bechara considera ser “uma implementação a conta-gotas”. O linguista postula que, para além da unificação ortográfica, o acordo deveria “atingir também, de forma tão completa quanto possível, uma unificação para o vocabulário comum e a terminologia técnica e científica” (por exemplo, toponímia, expressões médicas, botânicas zoológicas). No seu discurso, Bechara, advogou, à semelhança de Malaca Casteleiro, que “Macau devia acertar o passo linguístico com o trem da história” e que, com a ratificação do acordo, “o grupo lusófono trouxe a sua língua para um momento de maturidade política, linguística e intelectual”.
No colóquio de ontem, a critica aos detractores do acordo ortográfico coube ao alemão Rolf Kemmler, que considerou serem próprios de uma “ignorância popularucha” movimentos como o “não queremos o acordo ortográfico”, da rede social Facebook. O investigador do Centro de Estudos em Letras da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro atacou fortemente o linguista António Emiliano (autor de títulos como o recente “Apologia do desacordo ortográfico: Textos de intervenção em defesa da língua portuguesa contra o acordo ortográfico de 1990” e “O fim da ortografia: Comentário razoado dos fundamentos técnicos do acordo ortográfico da língua portuguesa”) e de Vasco Graça Moura (que escreveu “Acordo ortográfico: A perspectiva do desastre”), considerando que os argumentos utilizados por ambos são “pouco científicos”. Kemmler prevê que a adopção do acordo ortográfico “vai acontecer como uma avalanche”, quando este for implementado no sistema educativo português – o que, segundo uma resolução do Conselho de Ministros, acontecerá já no ano lectivo de 2011-2012 – e em todos os serviços, organismos e entidades na dependência do Governo, a partir de 1 de Janeiro de 2012.

Academia defende que galego é variante do português

Formada em 2008, a Academia Galega de Língua Portuguesa surgiu para contrariar as teses oficiais vigentes naquela região espanhola, segundo as quais o galego é uma língua diferente do português. Concha Rousia refere que, “por coincidência”, para grafar o galego foi escolhida “uma ortografia diferente, baseada na ortografia castelhana, para que não houvesse dúvidas de que se tratavam de línguas diferentes”. O problema, considera a académica, é que “apesar dos esforços dos organismos”, os galegos mostram-se insatisfeitos com o discurso oficial. “Há uma diferença entre as experiências das pessoas - quando vão a Portugal, quando lêem o português sem dificuldade – e a narrativa de que o galego é uma língua diferente do português”, continua Rousia, para quem a criação da Academia Galega de Língua Portuguesa, por oposição à oficiosa Real Academia Galega, materializa “o momento mais importante na mudança linguística da Galiza”.


Lançados hoje três livros na Livraria Portugues

Três obras de autores que estão em Macau para participarem na décima quinta edição dos Colóquios da Lusofonia vão ser apresentadas hoje, pelas 18h, na Livraria Portuguesa. Vasco Pereira da Costa vai lançar “Fogo Oculto”, uma colectânea de poesia. Esta obra foi editada nos EUA e chega agora a Macau, sendo dedicada às ilhas como espaços geográficos e às recordações que deixam. A obra “Os Búzios” será apresentada por Anabela Mimoso, uma autora que se dedica aos escritores açorianos do final do século XIX e à literatura infanto-juvenil. Será ainda apresentado o segundo volume de “ChrónicAçores”, de Chrys Chrystello. “É um livro que continua a fazer a sua e a minha circum-navegação, da Austrália a Timor, Macau, Bragança e Açores”, segundo o autor. Concha Rousia divulgará as últimas obras da Academia Galega da Língua Portuguesa, todas escritas na variante galega portuguesa.

http://www.jtm.com.mo/view.asp?dT=372703008
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Mensagem  Nambuangongo Sex Abr 22, 2011 12:38 pm

Língua de Camões em ascensão

Por Hoje Macau | 15 Abr 2011 | Lusofonia |

Brasil pode catapultar português internacionalmente

O linguista João Malaca Casteleiro, que está em Macau para participar no 15.º Colóquio da Lusofonia, disse ontem à agência Lusa que “Portugal está a atravessar uma situação económica difícil e, portanto, o investimento que faz na promoção da língua portuguesa no estrangeiro é enorme”.

Ao observar que o Brasil “tem uma capacidade maior” para projectar o português a nível internacional, o membro da Academia de Ciências de Lisboa, que participou na redacção do novo Acordo Ortográfico, considera que hoje a preocupação é “harmonizar as duas intervenções”.

“Neste momento, espera-se que, com a grande projecção do Brasil no plano internacional e uma possível entrada no conselho permanente das Nações Unidas, a língua portuguesa se acrescente às seis línguas oficiais daquela organização, o que poderá acontecer nos próximos três, quatro, cinco anos”, disse.

Malaca Casteleiro admite essa possibilidade ao considerar ser “inevitável uma reforma das Nações Unidas” e ao realçar que existe uma maior “cooperação entre povos e países, como os Estados Unidos, Rússia e a China, que esbateram muitos atritos, o que favorece essa reforma”. O português é a terceira língua europeia mais falada no mundo, depois do inglês e do espanhol, por 240 milhões de pessoas nos quatro continentes. “É uma língua de grande projecção internacional, é a língua de ensino e aprendizagem em várias instituições estrangeiras e a língua oficial e de trabalho de cerca de 20 instituições internacionais”, referiu aquele linguista.

Ao considerar que o “valor, mérito e projecção do português estão a ser compreendidas por instituições lusófonas, como a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)”, Malaca Casteleiro sublinhou que hoje se procura “harmonizar uma política comum da língua que seja projectada nos oito países de língua portuguesa e também em Macau e na Galiza, onde há uma forte corrente a favor da reintegração da norma galega do português no seio da lusofonia”. O linguista sublinhou também a importância do português como activo estratégico da política externa portuguesa, considerando que este aspecto “foi muito bem compreendido nos últimos dois, três anos”.

“Quando fazemos negócios, projectamos a nível internacional os nossos produtos e se do outro lado tivermos interlocutores na nossa língua é extremamente salutar, porque há uma maior empatia na promoção dos nossos próprios produtos”, disse. Ao salientar a importância das relações económicas com o Brasil, Malaca Casteleiro considera que Portugal deve também desenvolver as relações com os países de língua espanhola. “Há uma grande capacidade de intercomunicação entre falantes de espanhol e português e estou convencido que isso é salutar para a promoção do nosso país, do português e para o intercâmbio dos povos que falam português”, rematou.

http://hojemacau.com.mo/?p=12310
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Mensagem  cdurão Sex Abr 22, 2011 12:58 pm

brava, Concha! obrigado, Nambu

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Mensagem  Gascon Sáb Abr 23, 2011 5:13 am

Moi loavel o que fai a Concha Rousia la em Macau, falando do galego e das proximidades entre os idiomas da Galiza e Portugal. Porém, acho contraditorio que fale de insatisafaçóm dos galegos, ao viaxarem a Portugal e lerem o portugués, coa narrativa linguística diferencialista oficial. Os galegos, ao experimentarem de primeira mau as proximidades entre “os dous idiomas“, nom tendem a rejeitar a ideia de que galego é outro idioma independente do portugués, mas apenas a verificar que galego e portugués som mais semelhantes do que se pretende “oficialmente“. Ainda existem diferenzas linguísticas demasiado evidentes entre o seu vernacular galego, mesmo no mais “enxebre“, e o portugués. De facto, a narrativa oficialista tem se baseado, em parte, nas percepçóns da gente “da rua“, daí o poderem predicar argalheiramente que o galego e o portugués som linguas diferentes.

Por outra banda, se ha insatisfaçóm com ese discurso, onde é que se manifesta? A aceitaçóm da norma RAG (ou pasividade perante ela), mesmo vista por algúns como mal menor, é total, tirado numha percentagem moi pequena da povoaçóm, a dos reintegracionistas. Se houver tal insatisfaçóm com o discurso oficial, por que nem os “cryptolusistas“ (Filipe Diez, Callon, Freixeiro Mato, Nogueira ...) pedem para a norma e discurso oficiais serem mudados, para além de fazer qualquer comentario ocasional e nada concreto?

Aliás, acho contraditorio que quando do reintegracionismo de que forma parte a Concha Rousia se vem dizendo, xa desde o Carvalho Calero, que ha apenas duas opçóns, a galego-castelá ou a galego-portuguesa, ou boi ou vaca, e mais nada, que legitimidade se pode ter, para representar os galegos no exterior, a partir da escolha que apenas umha percentagem moi exigua deles favorece?

Se os galegos se mostram insatisfeitos co discurso oficial, como reagiriam se o discurso da senhora Rousia e os seus colegas, de adoptar a norma portuguesa como a propria para os galegos, fose o oficial? Iam estar menos satisfeitos? Duvido-o muito. Nem ha 30 anos, nem ainda menos hoje.



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Mensagem  cdurão Sáb Abr 23, 2011 7:22 am

Caro Gascon: acho que che preocupam de mais esses galegos que "passam" olimpicamente da questione della lingua (a maioria, não?); pois então deixemo-los e centremo-nos no que a nós nos importa, a cada um de nós; olha isto: http://www.galizalivre.org/?q=noticia%2F22.04.2011%2Fproclama-om-da-ii-rep-blica-espanhola-atrav-s-do-arredismo-de-1931; afinal resultou premonitório: muito "esperar" da república espanhola, para que? para morrer mansamente nas valetas? para isso houvera sido melhor proclamar a independência, não achas? certamente pior do que foi não poderia ter sido. Pois hoje, "sem tiros" (mas repara nas aspas...), está a acontecer o mesmo com a língua: alguém se apropriou dela (Espanha), e nós, como parvos, a vê-las vir; pois alguns decidiram proclamar a independência da língua a respeito da Espanha; que façam o que lhe saia dos... se os têm: nós não temos por que nos submeter; e não valem, meu velho, os gastadíssimos discursos do "elitismo"; cada um/a tem a sua trajetória antifascista aí para se ver; só falta colhermos o nosso destino nas nossas mãos (pois a língua é o nosso destino como povo) a atuar em consequência, mais nada; saudinha!

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Mensagem  Gascon Sáb Abr 23, 2011 7:58 am

Carlos, eu estou a falar de saber sintonizar co povo, e nom de guia-lo coma borregos, ora por aqui ora por acolá. O discurso de adoptar a norma portuguesa nom chega, pois vai por umha longitude de onda distante, porque a realidade que ha é a que ha (espanholizaçóm maciza), e porque serve de desculpa aos galenholes para se aferrarem no seu imobilismo esclerótico e nom mudar nada de nada.

Como che tenho dito, Carlos, xa nom acredito no voso projecto. Fostes derrotados, la aquando o coup d’état dos galenholes e espanholistas, e as inercias desa desfeita som demasiado grandes hoje como para as vencer cumha acçóm “de acima“. A única via de acçóm posíbel, se tal houver, é a de o abandono das trincheiras e de recomezar o debate normativo coa oficialidade, deixando-se de rigidezes ideológicas e fetichismos normativos ou ortográficos.

Venho de ler os teus posts na estrolabio (grande trabalho, parabéns e obrigado!). Esa informaçóm e datos deveriam ser divulgados ao público, para poderem comprender a argalhada do seu “galego“. Mas nom sei como se poderia fazer tal cousa, porque deixa os Ferrin & cia co cu ao ar ...


Saude e boas pascoas! (Enjoy the weather, while it lasts)

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Mensagem  Nambuangongo Sáb Abr 23, 2011 11:20 am

Deixa de maçar com o que há ou não há que fazer e faz o que consideres oportuno.
Ou quando menos, deixa de criticar quem age enquanto tu estás inativo.
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Mensagem  cdurão Dom Abr 24, 2011 11:09 am

“A Ásia recebeu os Colóquios da Lusofonia numa ponte entre os Açores e Macau”, Por Chrys Chrystello (Diretor da Associação Internacional dos Colóquios da Lusofonia)

Excertos: “Tratava-se do mais ambicioso de todos os colóquios depois da ida ao Brasil em 2010 graças à generosidade do alto patrocínio do Instituto Politécnico de Macau (IPM) que não só apoiava a deslocação de uma comitiva de 17 membros como ainda apoiou a estadia e alimentação dos restantes oradores e seus acompanhantes”

“Depois das sessões iniciais dedicadas ao AO 1990 e outros temas, houve uma pausa para visionar um documentário sobre o quase extinto patuá de Macau”

“O segundo dia começou com o calor habitual [...]. Esta manhã era destinada ao roteiro cultural pela Macau antiga em homenagem a Henrique de Senna Fernandes e teve o seu início no Jardim Camões onde junto á lendária gruta se declamou poesia de Macau, Galiza, Brasil, África, Açores, etc…Depois foi a visita ao excelente Museu de Macau e seus percursos paralelos entre Portugal e Macau, à reprodução dos modos de vida, das fachadas de casa típicas da construção luso-macaense, e a obrigatória visita às Portas do Cerco, esse ex-líbris que o fogo quase consumiu na totalidade há mais de 200 anos. A visita terminava na Livraria Portuguesa onde se visitaram edições de obras de autores macaenses”

“A manhã do terceiro dia de sessões foi totalmente dedicada a autores macaenses, interrompida para mais um banquete e, de tarde, seguia-se a sessão plenária dedicada à Literatura e Açorianidade”

[por parte da Academia Galega da Língua Portuguesa interveio Concha Rousia]

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Mensagem  cdurão Qua Abr 27, 2011 5:17 am

http://www.academiagalega.org/info-atualidade/concha-rousia-entrevistada-na-tdm-teledifusao-de-macau.html

"Macau acolheu durante este mês de abril os Colóquios da Lusofonia. A Ásia recebeu aos perto de quarenta inscritos neste congresso organizado pela Associação Internacional dos Colóquios da Lusofonia (AICL). Entre os membros da comitiva oficial, integrada por 17 pessoas vindas dos diversos países de língua portuguesa, estava a Concha Rousia quem, para além de representar a AGLP no congresso, foi entrevistada na TDM por Marco Carvalho"

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a AGLP em Macau Empty O vídeo da entrevista a Concha Rousia

Mensagem  Nambuangongo Qua Abr 27, 2011 11:12 am




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Mensagem  cdurão Qua Abr 27, 2011 12:57 pm

justo parou em expressão refletiva, pensativa... e bela!

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a AGLP em Macau Empty Se até a Galiza aplica o Acordo...

Mensagem  cdurão Dom maio 15, 2011 10:28 am

http://coloquioslusofonia.blogspot.com/2011/05/se-ate-galiza.html
http://hojemacau.com.mo/?p=12757

"Se a Galiza também o vai seguir Macau não tem qualquer tipo de desculpa" (Li Changsen)

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