Apresentação de 'Cantares Galegos' em Ginzo
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paulo
cdurão
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Apresentação de 'Cantares Galegos' em Ginzo
No passado dia 14 foi apresentado às 20:00 na Casa da Cultura de Ginzo de Límia, o livro 'Cantares Galegos' de Rosalia Castro, adaptado polo Académico Higino Martins, e editado polas Edições da Galiza. O ato transcorreu num ambiente de palpável interesse pela obra e pelo reintegracionismo.
Falaram os Académicos da AGLP Concha Rousia e Isaac A. Estravis, que fez um pequeno resumo do percurso do reintegracionismo, sumamente didático para a assistência. Concha Rousia leu as palavras de Rosalia, e fez sentir a todas e todos os presentes como se ouve a língua de Rosalia quando ela é lida como ela é, e deveria ser.
Mais info em: http://aglp.net/index.php?option=com_content&task=view&id=145&Itemid=31
Falaram os Académicos da AGLP Concha Rousia e Isaac A. Estravis, que fez um pequeno resumo do percurso do reintegracionismo, sumamente didático para a assistência. Concha Rousia leu as palavras de Rosalia, e fez sentir a todas e todos os presentes como se ouve a língua de Rosalia quando ela é lida como ela é, e deveria ser.
Mais info em: http://aglp.net/index.php?option=com_content&task=view&id=145&Itemid=31
cdurão- Mensagens : 302
Data de inscrição : 26/12/2010
Re: Apresentação de 'Cantares Galegos' em Ginzo
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Última edição por paulo em Qua Mar 02, 2011 11:58 pm, editado 1 vez(es)
paulo- Mensagens : 117
Data de inscrição : 01/02/2011
Localização : sonhando com Dália
Re: Apresentação de 'Cantares Galegos' em Ginzo
Está nas livrarias, caro. Podes perguntar.
Ou então, também aqui:
http://imperdivel.net/poesia/133-cantares-galegos.html
Mais publicações: http://www.netvibes.com/aglp#Publica%C3%A7%C3%B5es
Ou então, também aqui:
http://imperdivel.net/poesia/133-cantares-galegos.html
Mais publicações: http://www.netvibes.com/aglp#Publica%C3%A7%C3%B5es
Isabel- Mensagens : 276
Data de inscrição : 25/12/2010
Re: Apresentação de 'Cantares Galegos' em Ginzo
Estám certos de que a Rosalia ficaria contenta de ver a sua obra trasmutada em portugués ... por galegos?
Para ler o português ha inúmeros autores portugueses, nom é preciso fazer traduçóns.
Eu tampouco lim o Saramago em castelám, mesmo que muitos de vós digades que o castelám, perdóm, o castelhano, vem do galego ...
Porque ia eu ler a Rosalia em português? Simplesmente porque as únicas ediçóns existentes da sua obra em galego estám altamente castelanizadas? E iso prova suficiente de que o galego é português? Ou será que co dogma religioso basta?
Para ler o português ha inúmeros autores portugueses, nom é preciso fazer traduçóns.
Eu tampouco lim o Saramago em castelám, mesmo que muitos de vós digades que o castelám, perdóm, o castelhano, vem do galego ...
Porque ia eu ler a Rosalia em português? Simplesmente porque as únicas ediçóns existentes da sua obra em galego estám altamente castelanizadas? E iso prova suficiente de que o galego é português? Ou será que co dogma religioso basta?
Re: Apresentação de 'Cantares Galegos' em Ginzo
Bom, Rosalia em português é só uma medida provisória, enquanto não é adaptada à neo-normativa gasconiana.
Essa nova normativa da concórdia, é-vos a hóstia!!! Eu xa a estom adeprendendo. Se alguén máis se anima, que se arreconchegue (foder!, que enxembre me saliu!) ao gascon e o nambu, que asin xa podemos façer um menaxe a trois...
Sem embargo, o ideal seria chegarmos a 4 utentes, e asin igualar aos q'atro gatos reintegratolusópatas do caralho.
Por certo, a C.A.G.Ó.N. (Comisóm Antilusópata Gasconiana para a Ortografia Nova) pasa dos Cantares Gallegos e mariconadas de lusópatas, e bai a publicar cousas serias, como a História dos castelhanismos no português, as obras completas de Sigmund Froiz (esta bai a ter moita demanda), e xa se lle tem encargado Pio Moa que escriva algo contra a lusopatía. Entrenamentras, adiántovos o primeira publicaçóm, ésta xa nas livrerias:
Essa nova normativa da concórdia, é-vos a hóstia!!! Eu xa a estom adeprendendo. Se alguén máis se anima, que se arreconchegue (foder!, que enxembre me saliu!) ao gascon e o nambu, que asin xa podemos façer um menaxe a trois...
Sem embargo, o ideal seria chegar
Por certo, a C.A.G.Ó.N. (Comisóm Antilusópata Gasconiana para a Ortografia Nova) pasa dos Cantares Gallegos e mariconadas de lusópatas, e bai a publicar cousas serias, como a História dos castelhanismos no português, as obras completas de Sigmund Froiz (esta bai a ter moita demanda), e xa se lle tem encargado Pio Moa que escriva algo contra a lusopatía. Entrenamentras, adiántovos o primeira publicaçóm, ésta xa nas livrerias:
Nambuangongo- Mensagens : 188
Data de inscrição : 25/12/2010
Re: Apresentação de 'Cantares Galegos' em Ginzo
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Última edição por paulo em Qua Mar 02, 2011 11:58 pm, editado 1 vez(es)
paulo- Mensagens : 117
Data de inscrição : 01/02/2011
Localização : sonhando com Dália
Re: Apresentação de 'Cantares Galegos' em Ginzo
“Foi este o móbil principal que me impeliu a publicar este livro, que, mais que ninguém, conheço que necessita da indulgência de todos. Sem gramática nem regras de nenhuma classe, o leitor topará muitas vezes faltas de ortografia, expressões que dissoarão aos ouvidos de um purista; mas ao menos, e para desculpar em algo estes defeitos, pus o maior cuidado em reproduzir o verdadeiro espírito do nosso povo, e penso que o consegui em algo… se bem duma maneira débil e fraca. Queira o céu que outro mais afortunado do que eu possa descrever com as suas cores verdadeiras os quadros encantadores que por aqui se topam ainda no recanto mais escondido e olvidado, para que assim, ao menos em fama, já que não em proveito, ganhe e se veja com o respeito e admiração merecida esta infortunada Galiza!”
Rosalia de Castro
Cantares Galegos
Rosalia de Castro
Cantares Galegos
Pedro Godinho- Mensagens : 23
Data de inscrição : 08/01/2011
Re: Apresentação de 'Cantares Galegos' em Ginzo
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Última edição por paulo em Qua Mar 02, 2011 11:58 pm, editado 1 vez(es)
paulo- Mensagens : 117
Data de inscrição : 01/02/2011
Localização : sonhando com Dália
Rosalia nom era fundamentalista
A mim tamém me mandarom pra cona da bernarda (via o pay-pal ese do caralho) asim que nom puidem comprar ese (e outros livros). Tentarei através desa outra editorial on line ...
Todavia, ha algo aqui que é preciso apontar, a respeito do que suspeito desa ediçóm da AGLP (que eu ainda nom vim). Quando Rosalia desculpa a sua escrita e fala dum futuro em que “outro mais afortunado do que eu possa descrever com as suas cores verdadeiras os quadros encantadores que por aqui se topam“ nom queria dizer necesariamente que se tivese que escrever em portugués puro.
Coido que tem de ser asinalado que o Fundamentalismo Lusista (Uma língua, Uma norma, Uma ortografia) é umha fase muito recente (e posivelmente terminal) do Reintegracionismo. Rosalia nom teria comprendido esa ideologia fundamentalista vosa.
Todavia, ha algo aqui que é preciso apontar, a respeito do que suspeito desa ediçóm da AGLP (que eu ainda nom vim). Quando Rosalia desculpa a sua escrita e fala dum futuro em que “outro mais afortunado do que eu possa descrever com as suas cores verdadeiras os quadros encantadores que por aqui se topam“ nom queria dizer necesariamente que se tivese que escrever em portugués puro.
Coido que tem de ser asinalado que o Fundamentalismo Lusista (Uma língua, Uma norma, Uma ortografia) é umha fase muito recente (e posivelmente terminal) do Reintegracionismo. Rosalia nom teria comprendido esa ideologia fundamentalista vosa.
Re: Apresentação de 'Cantares Galegos' em Ginzo
Compreendia-a bem, posto que a aplicava no seu ótimo castelhano...
Isabel- Mensagens : 276
Data de inscrição : 25/12/2010
Re: Apresentação de 'Cantares Galegos' em Ginzo
“Cantos, báguas, queixas, suspiros, serãos, romarias, paisagens, devesas, pinhais, solidões, ribeiras, costumes, tudo aquilo, enfim, que pela sua forma e colorido é digno de ser cantado, tudo o que teve um eco,uma voz, um rugido por leve que fosse, que chegasse a comover-me, tudo isso me atrevi a cantar neste humilde livro para dizer uma vez sequer, mal que seja sem jeito, aos que sem razão nem conhecimento algum nos desprezam, que a nossa terra é digna de louvores, e que a nossa língua não é aquela que bastardeiam e champurram lerdamente nas mais ilustradíssimas províncias com um riso de mofa, que para dizer verdade (por mais que esta seja dura) demonstra a ignorância mais crassa e a mais imperdoável injustiça que pode fazer uma província a outra província irmã, por pobre que esta seja. Mas eis que o mais triste nesta questão é a falsidade com que fora daqui pintam assim os filhos da Galiza como a Galiza mesma, a que geralmente julgam o mais desprezível e feio de Espanha, quando acaso seja o mais formoso e digno de louvor.”
Rosalia de Castro
Cantares Galegos
Rosalia de Castro
Cantares Galegos
Pedro Godinho- Mensagens : 23
Data de inscrição : 08/01/2011
Re: Apresentação de 'Cantares Galegos' em Ginzo
Suxire a Isabel rei que a Rosalia comprendia o Fundamentalismo Lusista ...
Nom e nom. O castelám da Rosalia nom era a lingua propria do seu povo, polo tanto nom precisava de deixar de usar a norma nacional espanhola (ou mesmo internacional) dela. Porém, o galego era a lingua do seu povo, e mesmo que o galego fose português, tinha uma serie de caraterísticas proprias das que nom tinha por que renunciar, mesmo que nom coincidisem cos usos de Lisboa. Esas caraterísticas morfológicas e fraseológicas plenamente galegas, que nom eram de filiaçóm castelá, devestes conserva-las, ou seica Rosalia nom era umha poeta popular? Seria uma poeta burguesa lisboeta? Nos vernaculares do Brasil tamém ha inúmeros elementos divergentes dos usos formais do portugués de la, e nom por iso som banidos das obras do espírito popular.
A vosa escrupulosidade por serdes mais lisboetas que em Lisboa projecta de vós umha imaxe um algo esperpéntica. Tam “português“ é qualquer vernacular brasileiro que se enfia nos usos formais da lingua sem se axustar aos códigos prescriptivos da norma culta portuguesa do Brasil coma o galego (nom castelanizado) do povo de Rosalia. De facto, para falar com mais propriedade, haveria que qualificar eses vernaculares brasileiros como galegos.
Se o galego é para vós apenas um dialeto rural portugués, ha um facto que nunca poderedes apagar: ese “dialeto rural“ é a matriz da lingua portuguesa. E por iso merece mais respeito, tanto dentro como fóra da Galiza.
Se até os arxentinos tenhem a sua asinatura propria na morfologia verbal no espanhol, como nom poderiam os galegos, berce da lingua portuguesa, ter a sua propria?
Até iso lhes negades, cegados do voso Monoteísmo Lusista? Pensades que vos vam louvar por iso na Lusofonia, fóra dos reduzidos ámbitos com intereses materiais no modelo prescriptivo e lusitanizante? Pensar que a saude do galego depende deste tipo de práticas de ortodoxia monoteista entanto o galego real continua na sua hibridizaçóm xa imparavel ... viver para ver!
Compreendia-a bem, posto que a aplicava no seu ótimo castelhano...
Nom e nom. O castelám da Rosalia nom era a lingua propria do seu povo, polo tanto nom precisava de deixar de usar a norma nacional espanhola (ou mesmo internacional) dela. Porém, o galego era a lingua do seu povo, e mesmo que o galego fose português, tinha uma serie de caraterísticas proprias das que nom tinha por que renunciar, mesmo que nom coincidisem cos usos de Lisboa. Esas caraterísticas morfológicas e fraseológicas plenamente galegas, que nom eram de filiaçóm castelá, devestes conserva-las, ou seica Rosalia nom era umha poeta popular? Seria uma poeta burguesa lisboeta? Nos vernaculares do Brasil tamém ha inúmeros elementos divergentes dos usos formais do portugués de la, e nom por iso som banidos das obras do espírito popular.
A vosa escrupulosidade por serdes mais lisboetas que em Lisboa projecta de vós umha imaxe um algo esperpéntica. Tam “português“ é qualquer vernacular brasileiro que se enfia nos usos formais da lingua sem se axustar aos códigos prescriptivos da norma culta portuguesa do Brasil coma o galego (nom castelanizado) do povo de Rosalia. De facto, para falar com mais propriedade, haveria que qualificar eses vernaculares brasileiros como galegos.
Se o galego é para vós apenas um dialeto rural portugués, ha um facto que nunca poderedes apagar: ese “dialeto rural“ é a matriz da lingua portuguesa. E por iso merece mais respeito, tanto dentro como fóra da Galiza.
Se até os arxentinos tenhem a sua asinatura propria na morfologia verbal no espanhol, como nom poderiam os galegos, berce da lingua portuguesa, ter a sua propria?
Até iso lhes negades, cegados do voso Monoteísmo Lusista? Pensades que vos vam louvar por iso na Lusofonia, fóra dos reduzidos ámbitos com intereses materiais no modelo prescriptivo e lusitanizante? Pensar que a saude do galego depende deste tipo de práticas de ortodoxia monoteista entanto o galego real continua na sua hibridizaçóm xa imparavel ... viver para ver!
Re: Apresentação de 'Cantares Galegos' em Ginzo
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Última edição por paulo em Qui Mar 03, 2011 12:00 am, editado 1 vez(es)
paulo- Mensagens : 117
Data de inscrição : 01/02/2011
Localização : sonhando com Dália
Re: Apresentação de 'Cantares Galegos' em Ginzo
Pobre Galiza, não deves
chamar-te nunca espanhola,
que Espanha de ti se olvida
quando és tu, ai!, tão formosa.
Qual se na infâmia nasceras,
torpe, de ti se envergonha,
e a mãe que um filho despreza
mãe sem coração se mostra.
Ninguém por que te levantes
che alarga a mão bondadosa;
ninguém teus prantos enxuga,
e humilde choras e choras.
Galiz, tu não tens pátria,
tu vives no mundo soia,
e a prole fecunda tua
se espalha em errantes hordas,
mentres triste e solitária
tendida na verde alfombra
ao mar esperanças pedes,
de Deus a esperança imploras.
Por isso em-que em som de festa
alegre a gaitinha se ouça,
eu posso dizer-che:
não canta, que chora.
Cantares Galegos
Rosalia de Castro
chamar-te nunca espanhola,
que Espanha de ti se olvida
quando és tu, ai!, tão formosa.
Qual se na infâmia nasceras,
torpe, de ti se envergonha,
e a mãe que um filho despreza
mãe sem coração se mostra.
Ninguém por que te levantes
che alarga a mão bondadosa;
ninguém teus prantos enxuga,
e humilde choras e choras.
Galiz, tu não tens pátria,
tu vives no mundo soia,
e a prole fecunda tua
se espalha em errantes hordas,
mentres triste e solitária
tendida na verde alfombra
ao mar esperanças pedes,
de Deus a esperança imploras.
Por isso em-que em som de festa
alegre a gaitinha se ouça,
eu posso dizer-che:
não canta, que chora.
Cantares Galegos
Rosalia de Castro
Pedro Godinho- Mensagens : 23
Data de inscrição : 08/01/2011
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