O hipócrita e o troll

Escreve o senhor Filipe Diez no Portal Galego da Lingua
http://www.pglingua.org/noticias/canal-aberto/3283-intoleravel-atitude-da-qacademia-de-la-llingua-asturianaq-que-convoca-exames-oficiais-de-lingua-galega
para denunciar a “intolerável atitude da Academia de la Lingua asturiana“ ao instaurar o seu proprio certificado de lingua galega para o EU-Navia. O qual certificado visa a ser requisito para poder trabalhar na docencia na comunidade autónoma asturiana. E isto é moi loavel, porque é claro que o obxectivo desa teima é político e nada galeguista, ao contrario. Mas infelizmente o senhor Diez nom é consequente, xa que nega, ou nom denuncia abertamente, as igualmente desgaleguizadoras acçóns que a RAG-ILG e os seus axentes vem artelhando, como por exemplo ao consagrar o sistema ortográfico castelám ou a su ortofonia.

Depois fala o senhor Diez do entramado e ramificaçóns (científico, xurídico e diplomático) deste tema, para amosar a incoerencia e inxustiza desa decisóm da ALLA, e para pedir respostas. E tem toda a razóm do mundo. Porém, o que ele exige cos desas bisbarras “exteriores“, o nega para o corpo inteiro dos galegos: nom pede o senhor Diez para os isolopatas demostrarem as suas teses, esas que dictam a sua norma de cada dia. Nom pede tampouco que o galego sexa reconhezido como variante do português. Mas iso mesmo, noutra escala, pede aos asturianos.

Pois bem, iso é umha atitude hipócrita. O senhor Diez, conhecedor do portugués, ainda nom se decatou de que o galego está sendo hibridado num galego-espanhol ou galenhol, a partir da escrita que ele, que vive da lingua, que milita num partido galeguista, emprega a cotio? Nom quer decatar-se? Entóm, é parvo ou é hipócrita?

Mas acontece que eu, cidadám “livre“, que escolhe pasar o seu tempo de lezer como lhe dá na gana, vou e livremente coloco um comentario a ese artigo do senhor Filipe Diez no PGL:

Xa temos o circo ao completo! O fetichismo normativo nom é apenas o pam de cada dia dos fundamentalista s lusistas, mas tamém daqueles que vivem a conta da lingua, coma o senhor Diez.


Este senhor nom se preocupa coa castelanizaçóm maciza do galego, mesmo a nega. Eis o que se pasa quando se vive no mundo hispanófono. O senhor escreve a cotio na norma isolopata da RAG-ILG, legitimiza estes organismos podres, mas vem escrever no PGL - a casa dos fundamentalista s lusistas - na norma lusólatra deles ... para denunciar a espanholizaçóm do galego do Eu-Navia!


A espanholizaçóm na casa propria nom lhe preocupa, claro. Para il nem existe.


O fundamentalismo lusista dos reintegracionis tas é na Galiza o que o fundamentalismo ilgagueiro do Filipe Diez é no Eu-Navia.


Eis a hipocrisia daqueles que vivem A CONTA DA LINGUA.


A questóm, senhor Diez, é outra, e nom se a ALLA esa criar ou nom criar umha norma de seu. As questóns aqui som as seguintes:

1)É esa norma praa o Eu-Navia igual de castelanizada (ou podre) que a da ILG-RAG?

2) Pretende esa norma ignorar e apagar a riqueza linguística do Eu-Navia para impor as soluiçóns únicas de Santiago, tal coma a proposta fundamentalista lusista pretende impor as de Lisboa?



Mais umha vez, o imobilismo a ditar o pensamento daqueles que se pretendem livre-pensantes.



Que circo mais divertido vos tendes montado! (E que sorte de os galegos serem parvos)

A resposta ao meu comentario, normal num foro de lusistas, é votar negativo, a asim ocultar a minha discordancia. Parece que pensam que eu nom fum “educado“ davondo. Ou que apenas digo parvoices ou trolices. Mas pasa que eu xulgo que nom tenho dito parvoice nenhuma, ao contrario. Eu apontei para o choio que se tenhem montado na Galiza co tema da lingua galega, onde os que dim defende-la o único que fam é alimentar o circo que xustifique e segure a sua mantenta. É obriga do senhor Diez denunciar a espanholizaçóm do galego e loitar por fazer dele umha lingua de seu, e nom um dialecto espanhol. Laiar-se e denunciar as argalhadas alheias é moi doado, mas quando nom se fai nada por mudar umha norma, um modelo de lingua, que bebe do castelám e que se arremeda a ele, entóm o senhor fai parte do problema, e nom da soluiçóm, porque está a se fazer tratar coma os que o asobalham querem que sexa tratado.

Eu denuncio tanto a argalhada lusista coma a isolopata. O rumo cara a desfeita nom será travado apartir do imobilismo. Eis o único que eu denuncio.

Mas eis que, seica em solidaridade de colega do mesmo circo (o da questione della lingua, e o que vive a conta da lingua) embora noutro bando, aparece o senhor Pedro Bravo, a boicotear qualquer asomo de debate que as minhas críticas (acerbas, sim, mas bem fundadas) puidera suscitar. Como este senhor é um troll lusista, e se erigiu em adalide de defesa contra os impuros, nom podia deixar de fazer o que ele sempre faz: deborcar a sua pretensa e erudiçóm a base de insultos e desqualificaçóns, em forma de rima culta moi aperfeizoadinha, que se vexa o seu talento. Nem debate nem nada. Trinta comentarios nos que pretende “despenar-me“, mas é ele que sai despenado, nom sem antes deixar conta da sua grande erudiçóm latina (e tamém grega) e verborreia de fundamentalistinho lusista, pretendendo a simples desqualificaçóm e o insulto disimulado (embora nom moito) e gratuito. E claro, eu tenho que me defender, mesmo recorrendo a um registo mais axeitado para este tipo de teimas, o vernacular corso, e asim poder compensar as suas belhacarias. E la que forom umha trentena de comentarios.

ó Bravinho, eu abrira-che um fio para falar comigo no teu latím, lembras, mas quem é troll é troll e nom pode evitar e tem de ir cagar onde outros pretender acender o debate.

Pois venha, hom, continuemos aqui. Ti vas pulindo o teu latím e o teu grego, e eu o meu corso e o meu gascóm. Ora, a lingua “nossa“, se a queres aprender, comigo nom vas adiantar nada, iso xa cho poido segurar. Terias de fazer o seguinte hom: desliga o computador, pega no carro, ou no autocarro, e marcha para Portugal todo o fim de semana, ou mesmo todo o vrao. Fala cos nenos, cos velhos, cos homes, cas mulheres, procura la um choio, sai de esmorga, vai ao futebol, fai teatro, mete-te numha liorta com malandros, etc, etc, etc. Sabes, é asím que se aprende a serio umha lingua, ainda nom sabias?

Batendo num computadorzinho no registo formal pode-se ser um lusista muito bravo, a razóm de quatro horas por dia, mas fora dele és um espanholizinho que fala um galego muito espanhol. Ou será que esta vida nom é a de verdade, e tens umha outra de avatar cos na’vi?

Eis o que di este moi Bravo troll, na única referencia (indirecta) que nese fio fai às minha críticas (o resto e latinize barata):

Não me vou envergonhar por saber que TUDO, ABSOLUTAMENTE TUDO o que você pode dizer já foi pensado e muito bem dito e melhor refutado há muito tempo.

Ai tenhem, a fe nom pode ser questionada, porque é o ponto de partida e de chegada final do pensamento humano.


La vai qualquer legitimidade que este macaco de erudito tinha.