A Nossa Língua
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O português em alça no mundo

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Mensagem  Nambuangongo Qui Jan 20, 2011 4:55 am

Na província de Burgos, em Castela, também se fala a língua portuguesa. Agora é aprendida como segundo idioma estrangeiro, mas com a possibilidade de chegar a ser primeira língua e que através da sua implementação progressiva se ministre nos três níveis da Educação Primária.

As razões que motivaram a Conselharia da Educação a resolver a introdução do português no sistema educativo castelhano-leonês têm a ver com compartilharem fronteira —embora não a província de Burgos— e a chegada de imigrantes procedentes de Portugal como conseqüência do desenvolvimento industrial da região.

Isto implica a necessidade de terem que escolarizar as suas filhas e filhos, ou mesmo às nenas e nenos nascidos já em dita Comunidade, mantendo a cultura e língua maternas como pilar essencial da sua identidade.

Raquel Peña é a responsável do programa de língua e cultura portuguesa de Burgos há 15 anos. Começou coincidindo com a chegada das primeiras colónias portuguesas que se estabeleceram em Briviesca e Miranda. É a partir do ano 2002 quando cresce de modo considerável o alunado e além do ensino de língua e cultura se inclui a matéria do Conhecimento do Meio.

Som quatro colégios, em Miranda, ‘Cervantes’ e ‘Las Matillas’, em Briviesca, ‘Juan Abascal’ e o ‘Mencia de Velasco’. João é encarregado de desenvolver este programa no último dos colégios, onde para lá de tratar aspectos de língua, também dá a conhecer ao seu alunado a cultura, costumes e Conhecimento do Meio, através de atividades interculturais e de integração.

João afirma que o português é uma língua pouco conhecida para os espanhóis apesar da vizinhança, o qual não acontece ao invés. O João também destaca que cada vez é maior o alunado de origem espanhol que pede o estudo desta língua, mesmo há alguns centros onde o alunado espanhol que estuda português ultrapassa em número o alunado de origem português. Acha ele que num futuro o português atingirá o mesmo nível que o inglês, de facto já são perto de 3.000 alunas e alunos de Castela e Leão que estudam a língua num total de 38 centros educativos.

Cimeira luso-espanhola

Na cimeira celebrada há um ano entre o governo regional e o luso, em que se reuníram o presidente da castelhano-leonês, Juan Vicente Herrera, e o português, Aníbal Cavaco Silva, decidiu-se a necessidade de estreitar vínculos entre estes dous territórios para «avançar na ensinança do espanhol e do português como um elemento mais de oportunidade para as e os cidadãos». Herrera também falou na possibilidade de alargar a oferta do ensino do português na região pola previsão de crescimento de luso-falantes que, conforme a dados da ONU, atingiriam uns 360 milhõesde pessoas num futuro imediato.

Algo similar acontece na Estremadura espanhola, onde o português faz parte do currículo de perto de 18.000 alunas e alunos, quer pela proximidade geográfica e o conhecimento e compreensão da nossa vizinhança, quer pelo crescimento das relações económicas aos dous lados da fronteira. Além disto, a região estremenha assinou um memorandum que permitirá a todo o alunado estudar português como segunda língua a partir de 2013.

O caso galego

A situação é muito diferente na Galiza, mesmo apesar dos inegáveis laços histórico-políticos, económicos, culturais e lingüísticos, de todo ponto maiores que as regiões mencionadas. Os diferentes governos do País nunca apostaram a sério por potenciar o ensino da língua portuguesa na Galiza, poupando ao povo galego a possibilidade de manejar com fluência a versão internacional da nossa língua, e mesmo, em muitas ocasiões, travando as oportunidades de relacionamento luso-galego.




Fonte: Retrincos
Nambuangongo
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Mensagem  cdurão Seg Mar 07, 2011 10:47 pm

Não sei se "entra" aqui, mas está relacionado: http://observatorio-lp.sapo.pt/pt/geopolitica/reflexoes/geopolitica-da-lingua-1

excerto: "na Lusofonia a estratégia atual da geopolítica linguística deve passar pelo respeito das antinomias e diferenças procurando-se a unidade na diversidade. Ou seja, o reconhecimento e consolidação das diversas variantes nacionais linguísticas na unidade da língua comum.
Conforme o ensinamento de prestigiados linguistas como Celso Cunha, António Houaiss, Lindley Cintra, Malaca Casteleiro, e hoje de aceitação consolidada, a Língua Portuguesa se reconhece enriquecida por três variantes de igual valor e dignidade: a portuguesa, a brasileira, a galega – normal ou língua -, e não tardará muito que outras surgirão nos outros países lusófonos.
É por isso que no relatório de Diretrizes para o Aperfeiçoamento do Ensino/Aprendizagem da Língua Portuguesa, elaborado por uma comissão nacional de língua (Abgar Renault, A. Houaiss, Celso Cunha, Celso Luft, Fabio Lucas, etc.), mandatada pelo Ministério da Educação do Brasil, se recomenda aos professores: “A emergência de variedades linguísticas postulou a existência de duas ou mais normas cultas de uma mesma língua de cultura. É o que ocorre com o nosso idioma no Brasil, em Portugal, em Angola, em Moçambique, em Cabo-Verde, na Guiné-Bissau e em São Tomé e Príncipe. O conceito de língua culta, conexo ao de norma culta, não coincide, pois, com o de língua de cultura. As línguas de cultura oferecem uma feição universalista aos seus milhões de usuários, cada um dos quais pode preservar, ao mesmo tempo, usos nacionais, locais, regionais, sectoriais, profissionais.”
Deste modo, as variedades nacionais que são línguas ou Normas Cultas se unem para formar a universalista Língua de Cultura que é a língua portuguesa, removendo-se os obstáculos que possam surgir a essa unidade, por exemplo, na ortografia."

mas o Fernando Cristóvão não menciona a AGLP, da que é ciente; será pela eterna esquisitice de não "incomodar" o vizinho EE?

cdurão

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Mensagem  Pedro Bravo Ter Mar 08, 2011 3:12 pm

Escreve Nambuangongo
O caso galego

A situação é muito diferente na Galiza, mesmo apesar dos inegáveis laços histórico-políticos, económicos, culturais e lingüísticos, de todo ponto maiores que as regiões mencionadas. Os diferentes governos do País nunca apostaram a sério por potenciar o ensino da língua portuguesa na Galiza, poupando ao povo galego a possibilidade de manejar com fluência a versão internacional da nossa língua, e mesmo, em muitas ocasiões, travando as oportunidades de relacionamento luso-galego.
Que delicadeza! Acho que isso o subscreveria qualquer redactor de LVG.

A atitude da Junta com o português é a mesma que mantém com o galego, a diferença reside nas ocasiões em que pode manifestar-se. Esporádico palavreado tão vácuo como untuoso, e sistemática obstrução de qualquer iniciativa. Assim que o texto deveria dizer algo assim como: "de quando em vez falam de estudar a possibilidade de que se vá incorporando o português a qualquer centro educativo na Galiza"; "sempre torpedaram qualquer intento de fomentar o relacionamento luso-galego".

Acho que isto é mais fiel à realidade.
Pedro Bravo
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