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Folk europeu

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Mensagem  Pedro Bravo Qui Jan 06, 2011 12:57 pm

Com esta etiqueta refiro-me às músicas dos povos europeus (excluindo os célticos, já que há um fio específico para eles, se bem em muitos casos é difícil diferenciar) e suas extensões noutros continentes.
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Folk europeu Empty Re: Folk europeu

Mensagem  Isabel Qui Jan 06, 2011 1:20 pm

Perdoa que continue com a minha teima. Não é por amolar, é só deformação profissional...

Então queres dizer que a etiqueta é "música tradicional dos povos europeus salvo os célticos" e/ou "música moderna baseada numa certa forma de ver a música tradicional dos povos europeus salvo os célticos"... nossa...

Sabes que "folk" é uma abreviatura de folk-lore: costumes do povo... É, de novo, uma palavra errada para o conceito errado, depois utilizado de maneira errada para provocar uma mudança de significado também errado...

http://en.wikipedia.org/wiki/Folklore
The word 'folklore' was first used by the English antiquarian William Thoms in a letter published by the London Journal in 1846.
(George, Robert A., Michael Owens Jones, "Folkloristics: An Introduction," Indiana University Press, 1995.)

Enfim, não sei... Quando falamos de cinema não vejo tantas classificações e etiquetas, corsés... Quando falamos de literatura, também não... Quando falamos de pintura ou escultura... quem se interessa pelas classificações dos estilos?
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Folk europeu Empty KOLINDA (Hungria), Szerelem, Amor.

Mensagem  Pedro Bravo Qui Jan 06, 2011 1:31 pm

KOLINDA, Kolinda 2, 1977.

As duas partes a seguir formam um único tema, Szerelem (Amor), mais desenvolto que a versão no primeiro disco, Kolinda (1976). Copiei a letra do folheto que acompanhava ao disco editado em Espanha por Guimbarda em 1979. Passei a tradução castelhana para português dum modo bastante literal. Os signos de interrogação não aparecem na tradução castelhana.
Traduzo a breve introdução ao tema no folheto mencionado:
"Nesta composição traçamos o caminho dum casal, ajudando-nos de músicas que acompanham as diferentes etapas da vida dos jovens no folclore. Paralelamente a estas músicas rituais quisemos guardar um lugar para o aspecto sentimental. Por isso utilizamos a canção "Szerelem", que já estava no primeiro álbum, querendo expressar também nossa própria concepção do amor e das relações humanas. Ao começo e ao final da composição [aqui dividida em duas partes] cantamos dois poemas de poetas húngaros contemporáneos que tomam sua inspiração da poesia folclórica. Os temas musicais que utilizamos provêm da Eslováquia e da Transilvânia, com músicas húngaras e romenas muito formosas".
Agnes: canto e flauta; Dora: canto, violino e flauta; Peter: canto, tambura e violino; Andras: canto e violino; Ivan: canto, baixo e percussões.



SZERELEM, Amor (I)
Én is dràga, te is dràga, / Egyetlen fa két virága,/ Egyetlen fa két virága. / Minek nézünk mégis másra, / Nem egymásra, mindig másra. / Én is dràga, te is dràga, / Én is dràga, te is dràga, / Egyetlen fa két virága./ Minek nézünk mégis másra. //
Eu querida e tu querido, / duas flores da mesma árvore, / duas flores da mesma árvore. / Por que olhamos no entanto a outro, / não um ao outro, mas a outro? / Eu querida e tu querido, / eu querida e tu querido, / duas flores da mesma árvore, / por que olhamos no entanto a outro (?)
Fáj a sziven, fáj a siven, / Szomoruság bánt engem. //
Doe-me o coração, doe-me o coração, / tristeza me pesa.
Mért nem adtak, mért nem adtak, / Annak kit úgy szeretten. / Mért nem adtak, mért nem, / Annak kit úgy szeretten./ Mért nem adtak, mért nem, / Annak kit úgy szeretten./ Kértem sirva, sirva kértem az anyám,/ Ha szeretett, há szeretett, / Mért nem hallgatott reám. / Ha szeretett, szeretett, / Mért nem hallgatott reám. / Ha szeretett, szeretett, / Mért nem hallgatott reám. /
Por que não me deram, por que não me deram, / ao que tanto queria? / Por que não me deram, por que não, / ao que tanto queria? / Por que não me deram, por que não, /ao que tanto queria? / Chorando pedi, pedi chorando a minha mãe / se me queria, se me queria / por que não me escutou a mim? / Se me queria, queria / por que não me escutou a mim? / Se me queria, queria, / por que não me escutou a mim? /
Fàj a szivem, fáj a szivem, / Szomoruság bánt engem. / Mért nem adtak. / Annak kit úgy szerettem. / Kértem, sirva kértem, / Sirva kértem az anyám. / Há szeretett, szeretett, / Mèrt nem hallgatott reám.
Doe-me o coração, doe-me o coração, / Tristeza me pesa, / por que não me deram, / ao que tanto queria? / Pedi, chorando pedi, / chorando pedi a minha mãe. / Se me queria, queria, / por que não me escutou a mim?.



SZERELEM, Amor (II)
Ne aludj el két szememned világa, / Mert már feljött piros hajnal csillaga./ Egyik csillag Kostyán János csillaga, / Másik csillag Piros Anni csillaga. / Amid adtál, a jegygyurut vedd vissza, / Homály fedi gyémánt kövét, nem tiszta. / Ne aludj el két szememnek vilaga, / Mert már feljött piros hajnal csillaga. /
Não te durmas, luz de meus olhos, / porque já apareceu a estrela da alva vermelha. / Uma é a estrela de János Kostyán, / a outra é a estrela de Anni Piros. / O que me deste, recolhe a aliança, / sombra cobre seu diamante, limpo não está. / Não te durmas, luz de meus olhos, / porque já apareceu a estrela da alva vermelha.
Szerelem, szerelem; átkozott gyötrelem, /
Amor, amor, maldito tormento.
Bog a bárány az erdoben, tralalala lalala / Sir a kistány a kertjében tralala / Siratja a koszorúját tralala / Elhullatta a virágját tralala. / A menyasszony orcájára, tralalala lalala / Csipkét tettek immár rája tralala / Nem látszik már szép orcája / Csak a bú néki barátja. / Hogy szakasztott vóna minden szegény legény / Minden szegény legény, minden szegény leány./ Szerelem, szerelem, átkozott gyôtrelem / Szerelem, szerelem, átkozott gyôtrelem /
Bale o anho na mata, tralalala lalala / Chora a menina no seu jardim, tralala / Chora sua grinalda, tralala / Perdeu suas flores, tralala / Cobriram já com encaixe, tralala / A cara da noiva, tralala / Não se vê suas meixelas formosas, / seu único amigo é a tristeza. / Que fosse igual todo moço pobre. / Todo moço pobre, toda moça pobre. / Amor, amor, maldito tormento. / Amor, amor, maldito tormento. /
Három napja szivemen / Hintázik a szerelem, / Három napja szivemen / Hitán piros szoknya ül, / Piros szoknya elterül, / Fehér pendely penderül, / Fehér pendely elreperül. / Száll a hinta föl-le száll, / Meztelen lány rugkapál / Keze, lába, haja száll, / Nevem után kiabál.
Há três dias sobre meu coração / balança-se o amor, / há três dias sobre meu coração. / No balanço está sentada uma saia vermelha, / a saia vermelha estende-se, / as anáguas brancas flutuam, / as anáguas brancas voam. / Voa o balanço para cima e para abaixo, / a moça nua esperneia, / voam suas mãos, pernas e cabelos, / grita meu nome.



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Mensagem  Isabel Qui Jan 06, 2011 1:41 pm

As extensões noutros continentes... A América do Norte foi principalmente colonizada por celtas e germanos. A música chamada "country" é uma variante continuadora do estilo de música tradicional irlandês, principalmente. Portanto, celta. Há country cantado em inglês e em francês.

Na América do Sul a influência é mais ibérica, céltica, também. E mistura-se com sensibilidade africana e autóctone. Dá lugar a centenas de géneros musicais populares, diferentes e variados.

É um tema interessante, como se transformam músicas e instrumentos através do tempo e do espaço, mágoa que quase ninguém estuda nada disso, e eu pouco sei...

Eis um duo de PAGODE, estilo tido como antigo no Brasil. As violas de 10 cordas soam quase como as guitarras mexicanas. Já que estamos por classificar eu diria que é um "country" brasileiro: nome de templo índio (pagode) + instrumento europeu + melodias tonais com ritmos sincopados africanos + voz e acompanhamento no modo típico europeu.

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Mensagem  Pedro Bravo Qui Jan 06, 2011 1:48 pm

Olá, Isabel. Perguntas:
Então queres dizer que a etiqueta é "música tradicional dos povos europeus salvo os célticos" e/ou "música moderna baseada numa certa forma de ver a música tradicional dos povos europeus salvo os célticos"... nossa...
Exacto, isso é o quero dizer, segundo o uso estabelecido. Uma etiqueta é simplesmente isso, uma etiqueta, a que pede o tamanho mesmo da caixa de categoria ou título. Tem em conta que também é difícil distinguir entre tradição e tradicionalismo: já falar de "tradição" implica reflexão, auto-consciência, modernidade.
Continuas:
Enfim, não sei... Quando falamos de cinema não vejo tantas classificações e etiquetas, corsés... Quando falamos de literatura, também não... Quando falamos de pintura ou escultura... quem se interessa pelas classificações dos estilos?
Acho que esses campos estão ateigados de categorizações. Estas são necessárias, ainda que não suficientes (isto seria fetichismo ou mercadologia).



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Mensagem  Isabel Qui Jan 06, 2011 1:56 pm

Estão, sim, mas eu pergunto se a gente do comum se interessa por elas... Não, simplesmente desfrutam a obra.

O pior das etiquetas é que temos de etiquetá-lo tudo, e às vezes é bem difícil, por não dizer (afortunadamente) impossível se queremos ser coerentes com tudo.

Não sei em filosofia, mas as etiquetas na arte são simples convenções para os teóricos da arte demonstrarem que sabem do que falam... não são boas conselheiras para as gentes decentes e não ajudam a intensificar a sensibilidade artística, neste caso, musical...

Mas, enfim, vejo que não se entende isto... Será que não o explico bem.
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Mensagem  Pedro Bravo Qui Jan 06, 2011 1:57 pm

Escreve Isabel:
As extensões noutros continentes... A América do Norte foi principalmente colonizada por celtas e germanos [...]
Acho que já reconheci:
Com esta etiqueta refiro-me às músicas dos povos europeus (excluindo os célticos, já que há um fio específico para eles, se bem em muitos casos é difícil diferenciar) e suas extensões noutros continentes.
Se isso se passa com as músicas europeias, também passará com suas extensões além-mar. Em qualquer caso, onde digo "difícil" poderia dizer "impossível", ou acrescentar: "quando não impossível". Mas que haja matizes não quer dizer, todo o contrário, que não haja "vermelho" e "amarelo".

(Não sei por que não funciona o formato das citações. Tenho HTML e BBCode activados. Verei depois de correger).
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Mensagem  Isabel Qui Jan 06, 2011 2:07 pm

Mas, meu caro filósofo, de que valem as etiquetas que não podem etiquetar? ou que não podem cobrir nem a quarta parte do material "etiquetável"?

Pois valem para uma cousa: para criar categorias. Para definir grupos, para limitar espaços. A tal "música clássica" é o paradigma do invento.
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Mensagem  Pedro Bravo Qui Jan 06, 2011 2:11 pm

As "etiquetas" (categorias) são absolutamente necessárias (de facto, duvido que ninguém não as utilize, se não quer acabar na noite em que todos os gatos/vacas são negros/pardas -desconheço a frase em português) mas insuficientes e, portanto, provisionais e condicionadas. Há que tomá-las, sempre, todas, cum mica salis, com certa ironia e distância. Acho que os galegos somos mestres nesta atitude: Deus é bom, mas o demo não é mau. Doutro modo, por que distinguir entre as "artes"? Não é tudo "arte"? E entre a "arte" e as outras actividades humanas. Não acabaríamos todos como o Crátilo aquele que se limitava a assinalar com o dedo sem se atrever a dizer nada (e ainda assim atraiçoa sua pretensão de ser fiel à "realidade" das coisas, neste caso o eterno devir...)?
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Mensagem  Isabel Qui Jan 06, 2011 2:30 pm

Não é o mesmo. Uma cousa é diferenciar as obras de arte pelos materiais e outra por como se usam esses materiais, o primeiro é elementar e necessário, o segundo é de técnicos e, oh claro, também de críticos de arte...

Especialmente absurda é a classificação que me toca de perto, a música "clássica": não se pode meter no mesmo saco sete séculos de história musical (XIV ao XXI), isso não acontece em nenhuma outra matéria de estudo, salvo talvez na arqueologia e história antiga...

O pior disto tudo é que afinal não conseguimos saber que o Valente tomou uns compassos de uma peça romântica para piano, para pôr de fundo à sua letra hip-hop. E por certo que podia ter pensado algo mais a letra...

Ou seja, que ao separarmos as músicas não vemos o conjunto, as influências, as vias de comunicação entre os estilos. E não chegamos a um conhecimento mais ou menos completo sobre o que significa o ato musical, a criação compositiva e a interpretação. E, em consequência, não sabemos valorizar o trabalho do músico...
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Mensagem  Pedro Bravo Qui Jan 06, 2011 2:49 pm

Escreve Isabel:
Não é o mesmo. Uma cousa é diferenciar as obras de arte pelos materiais e outra por como se usam esses materiais, o primeiro é elementar e necessário, o segundo é de técnicos e, oh claro, também de críticos de arte...
Os "materiais" (aqui se arrejuntam muitas coisas muito distintas, mesmo num único "âmbito" artístico: só há que pensar na escultura) são um critério. Mas outro ponto de vista pode querer relacionar todas as artes (ou mesmo todas as actividades) duma época e veria mais pertinente relacionar a Garcilaso de la Vega com Botticelli que com Juan de Mena.
Especialmente absurda é a classificação que me toca de perto, a música "clássica": não se pode meter no mesmo saco sete séculos de história musical (XIV ao XXI), isso não acontece em nenhuma outra matéria de estudo, salvo talvez na arqueologia e história antiga...
Os que incluem na "música clássica" a Monteverdi e a Messiaen são os que não conhecem nem ao um nem ao outro. Na arqueologia e na história antiga há, evidentemente, muitas categorias: a maior conhecimento, mais categorias.
O pior disto tudo é que afinal não conseguimos saber que o Valente tomou uns compassos de uma peça romântica para piano, para pôr de fundo à sua letra hip-hop. E por certo que podia ter pensado algo mais a letra...

Ou seja, que ao separarmos as músicas não vemos o conjunto, as influências, as vias de comunicação entre os estilos. E não chegamos a um conhecimento profundo sobre o que significa o ato musical, a criação compositiva e a interpretação.
Precisamente, distinguir (que não é o mesmo que separar) é condição prévia para entender essas influências e demais. Em qualquer caso, toda distinção parte -ou implica- uns critérios, critérios dos quais sempre é difícil dar conta. Por isso "saber" não consiste em reproduzir teses ou frases, mas em (re)conhecer seu carácter condicionado.
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Mensagem  Isabel Qui Jan 06, 2011 4:36 pm

Os materiais... referia-me em sentido amplo: sons na música, cores na pintura, expressão corporal no teatro, também na dança mas condicionada pelo ritmo musical, língua na literatura...

Vejamos,, o hip-hop do Valente começa sobre uns compassos de uma obra para piano, não é preciso saber que é romântica, ainda que reconhecendo o piano e o tipo de harmonia, facilmente pode-se concluir o estilo (sempre que seja um exemplo claro de um estilo bem definido). Mas, para mim, o importante é aprender o que coloquei em negrito.

Saber algo de harmonia, por exemplo, é mais útil para aprender a desfrutar da música do que aprender de cor (sem entender o por que) que uma obra ou um autor podem inserir-se ou não em determinada etiqueta estilística...

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Mensagem  Moses Mordecai Levy Sex Jan 07, 2011 8:18 am

Curioso, a referência africana nas Américas foi feita só em relação à do sul. Então o Jazz, o Blues, o Rock, etc? Parecem-me estilos bem mais representativos que o Country.

A maior parte da música popular portuguesa tem também uma forte influência africana.
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Folk europeu Empty El cabrero, e viva a grande Espanha!

Mensagem  Moses Mordecai Levy Sáb Jan 08, 2011 9:43 am

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Mensagem  Moses Mordecai Levy Ter Jan 11, 2011 1:17 pm

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Mensagem  Isabel Ter Jan 11, 2011 1:29 pm

Ganda Tanga escreveu:Curioso, a referência africana nas Américas foi feita só em relação à do sul. Então o Jazz, o Blues, o Rock, etc? Parecem-me estilos bem mais representativos que o Country.

A maior parte da música popular portuguesa tem também uma forte influência africana.


Pois não fiz referência a esses porque não calhou, porque pensava noutro tipo de transformações musicais e sociológicas. Mas naturalmente também está essa música, que surge de outra maneira, não dos colonizadores mas dos escravos, por sua vez também colonizadores (involuntários).

Essa forte influência africana na música popular portuguesa, poderia explicá-la o Ganda Tanga?
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Mensagem  Moses Mordecai Levy Ter Jan 11, 2011 3:41 pm

Não sei muito sobre isso e agora vou ser breve. Muitos pensam que o Fado tem origem afro-brasileira. Penso que mesmo na música tradicional, a influência vem das viagens dos portugueses e da rapidez com que as influências musicais se propagam e assimilam. Mas mais recentemente, é sabido o papel do Zeca Afonso na renovação da música popular portuguesa. Ele trouxe consigo muitas influências africanas. E mais recentemente ainda a população portuguesa de origem africana tem sido muito activa a criar música.

Sobre a origem afro-brasileira do fado há o brasileiro Tinhorão e o Ruy Vieira Nery tem divulgado essa perspectiva. Há uma palestra dele na Universidade de São Paulo disponível na net (posso procurar o link se alguém pedir). Sobre o Zeca, há tantas, Venham mais cinco, Um homem novo veio da mata, Lá no Xepangara, etc Na música tradicional, alguém me disse que só a transmontana está relativamente livre dessa contaminação. No entanto, no Pingacho, troça-se da influência das danças africanas.






Última edição por Ganda Tanga em Ter Jan 11, 2011 4:18 pm, editado 4 vez(es)
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Mensagem  Moses Mordecai Levy Ter Jan 11, 2011 3:45 pm

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Folk europeu Empty Malicorne - Couché tard levé matin

Mensagem  Pedro Bravo Sex Jan 14, 2011 1:58 pm

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Folk europeu Empty Fatmira Breçani canta a canção popular do Norte da Albânia: Vem para o pomar.

Mensagem  Joanlogo Sáb Jan 15, 2011 9:07 am


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