Este país é uma ruína
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Nambuangongo- Mensagens : 188
Data de inscrição : 25/12/2010
Re: Este país é uma ruína
Infelizmente não têm o exclusivo da barbárie. Tenho assistido a atentados semelhantes por estas bandas e, diga-se de passagem, não são mais frequentes porque o pessoal se mexe para os evitar.
Lamentável!
Lamentável!
Morcego- Mensagens : 48
Data de inscrição : 25/12/2010
Pedro de Llano: “Galicia é un vertedoiro pola falta de ética arquitectónica”
Velho artigo publicado Galicia Hoxe em 2006:
http://www.galiciahoxe.com/index_2.php?idMenu=86&idNoticia=100484
E falando do Monte de Gaiás, temos a opinião do «super-architect» e «neocon» Peter Eisenman:
http://www.diarioliberdade.org/index.php?option=com_content&view=article&id=6674:arquitecto-da-cidade-da-cultura-considera-que-governos-de-direitas-som-melhores-para-a-arquitectura&catid=13:institucional&Itemid=43
http://www.galiciahoxe.com/index_2.php?idMenu=86&idNoticia=100484
Vinte anos após a sua publicação, Edicións Xerais recupera Arquitectura popular en Galícia. Razón e construcción, um dos trabalhos que hoje ainda é considerado a bíblia sobre a questão e que para o seu autor, Pedro de Llano, significou o reencontro com Galiza depois de estudar na universidade de Madrid, da qual foi «expedientado» por ativismo político. E se há vinte anos, já achava De Llano que a paisagem rural galega estava em processo de desaparecimento, a situação parece hoje ainda mais alarmante. "Estamos", afirma, "diante da morte duma ordem natural eterna, onde a arquitetura estava perfeitamente integrada na paisagem natural. Perante esta violentação, como numa cadeia de atentados, estamos vendo como a Galiza se vai transformando num aterro de operações cheias de ignorância de todos os tipos".
Daquela arquitetura que tinha estudado no início dos anos setenta fica muito pouco: o campo galego perdeu desde então meio milhão de empregos no campo e na próxima década ainda se reduzirá em outros setenta mil mais. "Basta ver a degradada situação dos nossos montes para compreender que, quando chega um momento meteorológico difícil, arde facilmente. Igual lhe acontece à costa: foi destruída totalmente e em momentos difíceis, como nas anteriores chuvas, vêm as inundações. A minha visão disto é muito pessimista. Se houver uma mudança de paisagem que custou séculos construir e não fazemos nada para transformá-la, destruímos um dos nossos maiores sinais de identidade".
O problema principal, diz, reside na falta de uma visão ética da natureza. Na construção dessa ética, Arquitectura popular en Galicia trata de fazer ver às pessoas que esse tipo de construções - "a arquitetura sem arquitetos" - pode nos ensinar a fazer a arquitetura do futuro. E esse futuro passa por uma rigorosidade "onde o conceito seja fundamental e faz uma sequência das necessidades. Uma arquitetura onde a ornamentação é desnecessária". Esses princípios são os que regem, ainda, a docência: "Os meus alunos têm de perceber que fazer arquitetura é fazer o cenário da vida para as próximas gerações e não podemos fazer frivolidades, senão uma arquitetura culta e rigorosa. De tudo isso podemo-lo apreender no mundo dos pedreiros e dos carpinteiros. Ao longo dos séculos, eles foram construindo uma paisagem que há cinquenta anos estamos empenhados em destruir ".
"É malversação e mentira"
Arquitectura popular en Galicia surgiu dum alicerce ideológico claro: o bem estava no povo e a verdade está na cultura que o povo pode fazer. O que mais horrorizava Pedro de Llano é que sua obra se possa tomar como um trabalho que olhava para o passado, porque a sua pretensão era atipar no passado para dar um salto para a frente. Nada mais longe dos seus objetivos a acirrar as linhas duma arquitetura "neovernacular", - como ele a denomina - senão, mais bem, um apelo a aprender dessa construção popular "o que arquitetura pode fornecer numa visão lógica e séria, racional".
Naquela época de efervescência assegura, com certa mágoa, que restam poucas esperanças de transformação no mundo. Sente-se, em especial, muito desiludido com o Governo do bipartito. "Todos estávamos tentando chegar a uma mudança e percebíamos que essa mudança consiste na abordagem de ideias ilusionantes, de ilusionar o país". Mas o único que observa são "administradores pouco mais honestos dos que havia antes, com capacidade de colocar mais ordem, mas neste momento diria que carecem totalmente de ideias".
"A destruição continua avançando" -diz- "e o que mais o enfurece -mesmo «sofro»" - "é ver um governo malversando o nosso património económico para construir a Cidade da Cultura que, contudo há que dizê-lo, é uma muito péssima arquitetura. Somos muitos os galegos que nos sentimos agredidos com a política que o nosso governo está a seguir". As obras do Monte Gaiás, além disso, "vão deixar uma cultura esquálida, numa situação horrenda, porque engole um terço do orçamento total da área. Isso é realmente a conceição que pretendo combater com a minha defesa da arquitetura popular. Estão mentindo continuamente e demonstrando, dia trás dia, a sua infinita incultura".
Daquela arquitetura que tinha estudado no início dos anos setenta fica muito pouco: o campo galego perdeu desde então meio milhão de empregos no campo e na próxima década ainda se reduzirá em outros setenta mil mais. "Basta ver a degradada situação dos nossos montes para compreender que, quando chega um momento meteorológico difícil, arde facilmente. Igual lhe acontece à costa: foi destruída totalmente e em momentos difíceis, como nas anteriores chuvas, vêm as inundações. A minha visão disto é muito pessimista. Se houver uma mudança de paisagem que custou séculos construir e não fazemos nada para transformá-la, destruímos um dos nossos maiores sinais de identidade".
O problema principal, diz, reside na falta de uma visão ética da natureza. Na construção dessa ética, Arquitectura popular en Galicia trata de fazer ver às pessoas que esse tipo de construções - "a arquitetura sem arquitetos" - pode nos ensinar a fazer a arquitetura do futuro. E esse futuro passa por uma rigorosidade "onde o conceito seja fundamental e faz uma sequência das necessidades. Uma arquitetura onde a ornamentação é desnecessária". Esses princípios são os que regem, ainda, a docência: "Os meus alunos têm de perceber que fazer arquitetura é fazer o cenário da vida para as próximas gerações e não podemos fazer frivolidades, senão uma arquitetura culta e rigorosa. De tudo isso podemo-lo apreender no mundo dos pedreiros e dos carpinteiros. Ao longo dos séculos, eles foram construindo uma paisagem que há cinquenta anos estamos empenhados em destruir ".
"É malversação e mentira"
Arquitectura popular en Galicia surgiu dum alicerce ideológico claro: o bem estava no povo e a verdade está na cultura que o povo pode fazer. O que mais horrorizava Pedro de Llano é que sua obra se possa tomar como um trabalho que olhava para o passado, porque a sua pretensão era atipar no passado para dar um salto para a frente. Nada mais longe dos seus objetivos a acirrar as linhas duma arquitetura "neovernacular", - como ele a denomina - senão, mais bem, um apelo a aprender dessa construção popular "o que arquitetura pode fornecer numa visão lógica e séria, racional".
Naquela época de efervescência assegura, com certa mágoa, que restam poucas esperanças de transformação no mundo. Sente-se, em especial, muito desiludido com o Governo do bipartito. "Todos estávamos tentando chegar a uma mudança e percebíamos que essa mudança consiste na abordagem de ideias ilusionantes, de ilusionar o país". Mas o único que observa são "administradores pouco mais honestos dos que havia antes, com capacidade de colocar mais ordem, mas neste momento diria que carecem totalmente de ideias".
"A destruição continua avançando" -diz- "e o que mais o enfurece -mesmo «sofro»" - "é ver um governo malversando o nosso património económico para construir a Cidade da Cultura que, contudo há que dizê-lo, é uma muito péssima arquitetura. Somos muitos os galegos que nos sentimos agredidos com a política que o nosso governo está a seguir". As obras do Monte Gaiás, além disso, "vão deixar uma cultura esquálida, numa situação horrenda, porque engole um terço do orçamento total da área. Isso é realmente a conceição que pretendo combater com a minha defesa da arquitetura popular. Estão mentindo continuamente e demonstrando, dia trás dia, a sua infinita incultura".
E falando do Monte de Gaiás, temos a opinião do «super-architect» e «neocon» Peter Eisenman:
http://www.diarioliberdade.org/index.php?option=com_content&view=article&id=6674:arquitecto-da-cidade-da-cultura-considera-que-governos-de-direitas-som-melhores-para-a-arquitectura&catid=13:institucional&Itemid=43
mceleiro- Mensagens : 51
Data de inscrição : 26/12/2010
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