2011 Ano internacional das Florestas
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2011 Ano internacional das Florestas
Segundo dados do Pnuma – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, as florestas representam 31% da cobertura terrestre do planeta, servindo de abrigo para 300 milhões de pessoas de todo o mundo e, ainda, garantindo, de forma direta, a sobrevivência de 1,6 mil milhões de seres humanos e 80% da biodiversidade terrestre. Em pé, as florestas são capazes de movimentar cerca de $ 327 mil milhões todos os anos, mas infelizmente as atividades que se baseiam na derrubada das matas ainda são bastante comuns em todo o mundo.
Para sensibilizar a sociedade para a importância da preservação das florestas para a garantia da vida no planeta, a ONU – Organização das Nações Unidas declarou que 2011 será, oficialmente, o Ano Internacional das Florestas.
A ideia é promover durante os próximos 12 meses ações que incentivem a conservação e a gestão sustentável de todos os tipos de floresta do planeta, mostrando a todos que a exploração das matas sem um manejo sustentável pode causar uma série de prejuízos para o planeta. Entre eles:
* a perda da biodiversidade;
* o agravamento das mudanças climáticas;
* o incentivo a atividades económicas ilegais, como a caça de animais;
* o estímulo a assentamentos clandestinos e
* a ameaça à própria vida humana. (PNUMA)
Desde ADEGA incorporamo-nos a esta iniciativa das Nações Unidas por partilhar com ela os nossos objetivos ambientais.
Para os /as Galegas, os bosques são parte indissociável do nosso ambiente. Lamentavelmente estes estão enormemente degradados, na atualidade, por falta de uma política florestal racional e sustentável que ampare as massas de bosque autóctone, como carvalhos, castanheiros, nogueiras, etc. frente à maciça reflorestação com espécies de crescimento rápido e de características perigosas para a sustentabilidade dos ecossistemas florestais, como eucaliptos, pinheiros etc. Espécies que favorecem os incêndios florestais pola sua alta combustibilidade e que mudam as características ecodinâmicas dos bosques. Também canteiras sem quaisquer cuidados ambientais destroem impunemente os nossos montes e ninguém as obriga a restaurar a deterioração ambiental depois de abandonadas (veja-se o desastre do Courel como exemplo) Parques eólicos instalados sobre espaços a proteger como no Gistral ou no Suído cobrem as nossas montanhas mais assinaladas sem nenhum benefício para o ambiente nem para a população da zona.
Cumpre lançamos uma chamada de atenção para os nossos bosques e em particular para o Monte Galego por considerar que a atual administração está iniciando atuações que podem pôr em grave risco de sobrevivência os Montes Vicinais de propriedade comum (baldios), levados duma agressiva política privatizadora. A substituição das UGFLOR que visavam uma exploração integral do monte (Unidades de Gestão Florestal) do anterior governo (BNG/PSOE) polas novas Sociedades de aproveitamento Florestal que favorecem a introdução de capital privado e veem o Monte apenas como floresta e não na sua complexa realidade ecológica, pode representar um grave risco para o futuro desta figura peculiar galega.
Os Montes Vicinais são os únicos latifúndios galegos, que permitem uma exploração racional de todas as suas possibilidades ambientais, e que apresentam a genialidade de não serem de um único proprietário. Mas, polo contrário, são do “comum dos vizinhos”.
No ano 2004 foi reconhecida a sua peculiaridade polo Parlamento Espanhol: "Os montes vicinais de propriedade comum têm uma natureza especial por serem uma propriedade coletiva que está limitada polos conceitos de inembargabilidade, imprescritibilidade, inalienabilidade e indivisibilidade”.
Defender os Montes é defender o Território Galego, junto com as características culturais a eles associados.
A superfície florestal atual na Galiza é de 2 milhões de hectares (aproximadamente), dos quais apenas 29% está em condições de fornecer matéria-prima para a indústria. Ainda assim, a indústria transformadora galega é líder a nível estatal e dela dependem uns 22.700 postos de trabalho diretos. Apesar disto a administração galega não tem investido nem 60% do previsto desde o Plano Florestal Galego aprovado em 1992, com o que acumula uma dívida para o monte de 600 milhões de euros no ano 2010.
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) tem declarado já em 2010 a importância dos bosques no desenvolvimento sustentável e a necessidade de que a sociedade em seu conjunto se envolver no seu cuidado. Pois “os bosques contribuem não só para mitigar os efeitos da mudança climática, mas também para a economia, a sanidade, a educação e outros âmbitos conducentes ao desenvolvimento sustentável” (FAO).
A ADEGA apresentou a primeira Iniciativa Legislativa Popular no Parlamento da Galiza em Defensa do Monte Galego que, governando na altura o Partido Popular com Fraga de Presidente da Junta, não alcançou a sua ratificação.
Mas não desistimos de continuar na defesa do nosso monte e dos bens a ele associados em termos de biodiversidade e de capacidade de gerar riqueza e sustentabilidade.
Façamos os melhores votos para este 2011 ano das Florestas para que as nossas sejam respeitadas, melhoradas e aproveitadas de modo racional democrático e sustentável.
Para sensibilizar a sociedade para a importância da preservação das florestas para a garantia da vida no planeta, a ONU – Organização das Nações Unidas declarou que 2011 será, oficialmente, o Ano Internacional das Florestas.
A ideia é promover durante os próximos 12 meses ações que incentivem a conservação e a gestão sustentável de todos os tipos de floresta do planeta, mostrando a todos que a exploração das matas sem um manejo sustentável pode causar uma série de prejuízos para o planeta. Entre eles:
* a perda da biodiversidade;
* o agravamento das mudanças climáticas;
* o incentivo a atividades económicas ilegais, como a caça de animais;
* o estímulo a assentamentos clandestinos e
* a ameaça à própria vida humana. (PNUMA)
Desde ADEGA incorporamo-nos a esta iniciativa das Nações Unidas por partilhar com ela os nossos objetivos ambientais.
Para os /as Galegas, os bosques são parte indissociável do nosso ambiente. Lamentavelmente estes estão enormemente degradados, na atualidade, por falta de uma política florestal racional e sustentável que ampare as massas de bosque autóctone, como carvalhos, castanheiros, nogueiras, etc. frente à maciça reflorestação com espécies de crescimento rápido e de características perigosas para a sustentabilidade dos ecossistemas florestais, como eucaliptos, pinheiros etc. Espécies que favorecem os incêndios florestais pola sua alta combustibilidade e que mudam as características ecodinâmicas dos bosques. Também canteiras sem quaisquer cuidados ambientais destroem impunemente os nossos montes e ninguém as obriga a restaurar a deterioração ambiental depois de abandonadas (veja-se o desastre do Courel como exemplo) Parques eólicos instalados sobre espaços a proteger como no Gistral ou no Suído cobrem as nossas montanhas mais assinaladas sem nenhum benefício para o ambiente nem para a população da zona.
Cumpre lançamos uma chamada de atenção para os nossos bosques e em particular para o Monte Galego por considerar que a atual administração está iniciando atuações que podem pôr em grave risco de sobrevivência os Montes Vicinais de propriedade comum (baldios), levados duma agressiva política privatizadora. A substituição das UGFLOR que visavam uma exploração integral do monte (Unidades de Gestão Florestal) do anterior governo (BNG/PSOE) polas novas Sociedades de aproveitamento Florestal que favorecem a introdução de capital privado e veem o Monte apenas como floresta e não na sua complexa realidade ecológica, pode representar um grave risco para o futuro desta figura peculiar galega.
Os Montes Vicinais são os únicos latifúndios galegos, que permitem uma exploração racional de todas as suas possibilidades ambientais, e que apresentam a genialidade de não serem de um único proprietário. Mas, polo contrário, são do “comum dos vizinhos”.
No ano 2004 foi reconhecida a sua peculiaridade polo Parlamento Espanhol: "Os montes vicinais de propriedade comum têm uma natureza especial por serem uma propriedade coletiva que está limitada polos conceitos de inembargabilidade, imprescritibilidade, inalienabilidade e indivisibilidade”.
Defender os Montes é defender o Território Galego, junto com as características culturais a eles associados.
A superfície florestal atual na Galiza é de 2 milhões de hectares (aproximadamente), dos quais apenas 29% está em condições de fornecer matéria-prima para a indústria. Ainda assim, a indústria transformadora galega é líder a nível estatal e dela dependem uns 22.700 postos de trabalho diretos. Apesar disto a administração galega não tem investido nem 60% do previsto desde o Plano Florestal Galego aprovado em 1992, com o que acumula uma dívida para o monte de 600 milhões de euros no ano 2010.
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) tem declarado já em 2010 a importância dos bosques no desenvolvimento sustentável e a necessidade de que a sociedade em seu conjunto se envolver no seu cuidado. Pois “os bosques contribuem não só para mitigar os efeitos da mudança climática, mas também para a economia, a sanidade, a educação e outros âmbitos conducentes ao desenvolvimento sustentável” (FAO).
A ADEGA apresentou a primeira Iniciativa Legislativa Popular no Parlamento da Galiza em Defensa do Monte Galego que, governando na altura o Partido Popular com Fraga de Presidente da Junta, não alcançou a sua ratificação.
Mas não desistimos de continuar na defesa do nosso monte e dos bens a ele associados em termos de biodiversidade e de capacidade de gerar riqueza e sustentabilidade.
Façamos os melhores votos para este 2011 ano das Florestas para que as nossas sejam respeitadas, melhoradas e aproveitadas de modo racional democrático e sustentável.
Por Adela Figueiroa Panisse
(Vogal de ADEGA)
Fonte: Portal Galego da Língua
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