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O galego e a galegofobia no programa "Gran Hermano" 2011

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Pedro Bravo
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Mensagem  Nambuangongo Dom Fev 13, 2011 7:25 am



Guião do programa? Infiltrada de Galicia Bilingüe?... ou simplesmente reflexo da juventude espanholizada e os seus preconceitos?

O caso é que esta merda de programa é o único programa de CNN+, antes Canal+. A evolução da grelha televisiva espanhola e os seus conteúdos não é casual, a TV passa a ser o principal educador e ideologizador, nesse projeto aculturizador e neoliberal que chamam «Segunda Transición».
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Mensagem  paulo Dom Fev 13, 2011 12:27 pm

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Última edição por paulo em Qui Mar 03, 2011 12:17 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem  Pedro Bravo Dom Fev 13, 2011 3:04 pm

Bom, eu não vejo mais do que uma "summa" (bastante completa) dos inveterados pré-conceitos sobre o galego (e não só). Até penso que é positivo, por funcionar como uma sorte de "pedagogia negativa": um bom retrato da palha semeada e animada ("jaleada") por LVG (e não só). Que melhor do que a confissão de parte? Há que pôr-lhes seu próprio rosto diante de seus focinhos. Que vejam o que eles são.

Dos lugares comuns, o mais grave é o "engano" com os livros de texto (eu próprio postei em setembro no blogue de Carlos Callón uma informação sobre o assunto na que denunciava a normalidade com que uns Grandes Armazéns oferecia e "dispensava" as versões em castelhano dos livros prescritos em galego): pois (1) é algo ilegal (2) que se pode constatar facilmente e (3) só é possível com a conivência dos estabelecimentos educativos (de ai as aspas que matizam o "engano").

Não é tão certo que as "garotas" desdenhem aos falantes de galego; no meu caso assisto a súbitas conversões que duram tanto como meu interesse nelas.
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Mensagem  Isabel Seg Fev 14, 2011 3:37 am

E eu não dou passado do primeiro minuto. E vós como fazeis?

Vejo no Facebook a toda a gente comentando essa merda e eu não sou capaz nem de vê-la! A mim desfaz-me o fígado...
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Mensagem  paulo Seg Fev 14, 2011 4:27 am

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Última edição por paulo em Qui Mar 03, 2011 12:18 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem  mceleiro Ter Fev 15, 2011 11:34 am

Esse programa é uma merda, mas milhares de pessoas veem essa merda.
Essa concursante é uma torda, mas milhares de «gallegos» são assim de tordos.

Os meus parabéns para Marta López, porque está a indignar a muita gente, e visibilizou de jeito exemplar o problema sociolinguístico da Galiza. Mágoa não falara também dos perigosos lusistas...

Amais da repercussão nas redes sociais, o famoso vídeo chegou a outros lugares:

http://www.galiciae.com/nova/76586.html
http://www.galiciaconfidencial.com/nova/7194.html
http://seioque.com/index.php/colabora/hermericopinheira/galeleaks-o-de-marta-do-big-brother-espa

e também

http://www.galiciabilingue.es/foro.htm
http://www.lavozlibre.com/noticias/ampliar/131387/marta-lopez-de-gran-hermano-12-%28gh-12%29-voy-a-perrear
http://blogs.lavozdegalicia.es/television/2011/02/14/marta-de-gh12-y-el-gallego-%C2%ABbruto%C2%BB/

Desculpem que me auto-cite, mas vou reproduzir dous comentários meus no facebook:

Esta pobre rapariga não é mais do que um produto da aculturação que o Estado Espanhol promove na Galiza, e por desgraça não é ela só quem pensa assim, há milhares de pessoas, e cada vez mais.

O ódio para eles, o nosso escudo é o amor, assim que analisemos com sentidinho o que esta pobrinha diz, que vem sendo o discurso de Galicia Bilingüe, UPyD, um setor importante do PSdG-PSOE e ainda outro muito maior do PP, com a gravidade de que gente com essas ideias está a GOVERNAR e a EDUCAR, é dizer, a criar mais e mais pessoas que pensam assim.

Isto que diz uma insignificante concursante dum programa-lixo espanhol, é o mesmo que diz Mariano Rajoy, com uma diferença: Marta aspira a dar entrevistas nos programas de cotilheo, e como muito, ensinar as tetas em Interviú, o Mariano aspira a ser presidente do estado espanhol, ou ainda sem sê-lo, a apoiar políticas linguísticas que fomentam o auto-ódio e ignorância que esta pobrinha leva no corpo.

Uma professora propõe aqui uns excelentes exercícios para analisar em que consiste realmente o PROBLEMA, porque não é uma opinião respeitável, é UM PROBLEMA DE CONVIVÊNCIA:

http://aprofa.blogspot.com/2011/02/hablaba-en-gallego-que-bajon.html

Eu ainda vos quero propor outro exercício ainda mais interessante:

Os preconceitos, incoerências, deformações e ódios de Marta são evidentes. Mas tu, que curtes a foto que editei e publiquei no meu mural, ESTÁS LIVRE DE PRECONCEITOS?

Porque muita gente que está a comentar aqui esquece que o mesmo SISTEMA ESPANHOLIZANTE que introduziu na cabeça de Marta muita porcaria, também é o que a nós nos educou e educa, e também nós estamos sujeitos a PRECONCEITOS.

Pediria-vos, por favor, a todos os que ainda não vistes o vídeo dividido em 3 partes que vou deixar a continuação que gasteis neles uns minutos, e reflexioneis sobre algumas das cousas que também nos metem na cabeça, e não só os espanhóis, senão também alguns dos que se declaram galeguistas.

Parte 1/3
https://www.youtube.com/watch?v=gL9WmaGqd1o&feature=related

Parte 2/3
https://www.youtube.com/watch?v=3_FbBCKwcuI&feature=related

Parte 3/3
https://www.youtube.com/watch?v=ggcBcpDVFNE&feature=related

Chega já de fazermos o ridículo, ou o que ainda é pior: NÃO APROVEITAR AS NOSSAS POTENCIALIDADES. Deitemos os preconceitos, e sejamos inteligentes.

Saúde e reflexão!!!

A todos os indignados com a parva de Gran Hermano

Escutai, companheiros:

De nada vale insultar os galegófobos e ignorantes, nem repetir o que já sabemos, nem os choros vitimistas, nem todas essas cousas inúteis que sempre fazemos. Há que mudar de atitude, quer dizer ATUAR.

As ações não devem ser nem comentários de protesto e indignação no Facebook, nem manifestações o Dia das Letras Galegas em Compostela. Com isso não adiantamos nada, só desafogamos um bocadinho e nos auto-comprazemos. Temos que passar a ações REAIS, nas pequenas cousas, no dia a dia, e todos e cada um dos dias do ano.

Já chega de «buenismo». Há conflito linguístico, pois sejamos nós também conflitivos. Por agora só os galegófobos nos criam a nós problemas. Criemos-lhos também a eles, demos-lhes da sua própria medicina. Uma sociedade onde um grupo social minoritário, ignorante e irrespeitoso impõe os seus privilégios, e a maioria social (de qualquer condição e ideologia) se deixa humilhar constantemente não é uma sociedade sã, nem igualitária, nem normal. Isso que chamam «convivência pacífica» realmente é um apartheid linguístico assumido polas duas partes do CONFLITO.


1.
Já chega de «bilingüismo cordial», onde nenhum castelhanofalante tem a necessidade, por cortesia, de dirigir-se a um galegofalante em galego, mas aguarda, e ainda exige, que um galegofalante se dirija a ele em castelhano. Isto é uma atitude SUPREMACISTA, onde uma pessoa tem COMPLEXO DE SUPERIORIDADE, e o seu interlocutor assume o seu COMPLEXO DE INFERIORIDADE. Assim não há igualdade, nem normalidade, por muito que nos insistam, isto é uma ANORMALIDADE.

Façamos saltar as suas próprias contradições, na Galiza falemos SÓ GALEGO, e que sejam eles quem se tenham que adaptar. Porque eles são os estranhos, não nós.

2.
Todos sabemos o que acontece nas relações comerciais, onde os galegofalantes somos CLIENTES, e o/a empregado/a nos trata como clientes de segunda, no melhor dos casos, e como paletos, brutos e parvos na maioria das vezes. A quantos de nós quando pedimos um café com leite não nos têm corrigido «un café con leche?» como se não entendessem. Pois não! Um café com leite e senão deixa-o estar que vou ao bar do lado.

Exijamos os nossos direitos como consumidores, pois como tal temos PODER. Se somos humilhados podemos não consumir ou fazê-lo em outro lugar, com outra companhia.

3.
«Es que a mi me cuesta..», «Es que yo no lo entiendo bien...», «Es que yo no lo hablo para no estropearlo..», etc . Pois então és um puto ignorante, e digo-cho à cara, e a mim não me vale o «direito à ignorância» porque sendo assim de ignorante no PAÍS NO QUE VIVES (GALIZA) não és capaz de conviver com os outros, que não têm por que adaptar-se à tua ignorância, serás tu quem deverá esforçar-se, porque o problema é teu, não meu.


4.
Todos os funcionários públicos da Galiza, por lei, têm a OBRIGA de atender os galegofalantes em galego. E são funcionários públicos os das oficinas da Xunta, mas também os professores, os médicos, os polícias municipais e autonómicos, etc. É um DIREITO que nos concede a própria legislação espanhola. Exijamos esse direito, que Franco já morreu, e se não cumpres com as tuas obrigações, dá-me o teu nome que vou pôr uma reclamação.

5.
Quando se põem chulos, se nos tratam como ignorantes, pois exerçamos como tal, os galegos «ignorantes» também ignoram o castelhano: Excuse me, I don't understand!, pouvez-vous parler en galicien? Io non capisco l'espagnolo quando sono in Galiza.

6.
Ridiculismo. Eles são ridículos, ponhamos-lhes um espelho, que se vejam. Sejamos irônicos:

Nunha aula grande e ateigada de rapaces de 16 a 18 anos celebrábase unha conferencia para divulgar os recursos dos que dispoñen os xóvenes para o acceso ao traballo ou a unha vivenda. Hai tres poñentes e comenza a falar a primeira:
- A veeer... los de atrás, mirais bien la pantalla?...Sii?...Bien. Comenzamos?
- Bien,... si ahora estuviérais a mi lado sentiríais como me peta el corazón. Me hace bum-bum, bum-bum. Estoy nerviosa. Eso mismo os pasará cuando os encontreis en una entrevista de trabajo...
Fai unha pequena pausa e continúa.
- Hola me llamo Magdalena y,...
Un dos seus compañeiros chámaa e fala con ela en baixo.
- Ah, si.... Me dicen que aquí la mayoría hablais en gallego. Entón vouvos falar en galego.... aínda que xa vos aviso,... que o meu galego é o galego de Moaña. Como vos dicía, o meu nome é Magdalena...
Contestando desde unha das primeiras filas, un rapaz, coa voz ben clara:
- E logo,..., de onde cres que é o teu castelán?

Todos os días se produce este patético milagre en milleiros de mentes que sendo, por exemplo, de Moaña, Tabeirós ou da Mariña, pensan que falan un castelán de Valladolid. É patético porque aínda que deixan de ser galegos, nunca chegan a ser de Valladolid, e así perden a súa alma.



...etc


Estas são algumas ideias de AÇÃO para nos defendermos dessa vergonha humana que são os «gallegos» galegófobos. Seguro que as podeis aplicar, e achegar muitas, muitas mais...

O que não pode ser é continuarmos passivos e humilhados diante destes idiotas.

ESPERTEMOS DO NOSSO SONO !!!

Vivamos como galegos, não como os seres deformes e acomplexados que estão fazendo de nós.

O galego e a galegofobia no programa "Gran Hermano" 2011  180299_1865587122142_1314951704_32162430_3644351_n
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Mensagem  paulo Ter Fev 15, 2011 12:32 pm



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Última edição por paulo em Qui Mar 03, 2011 12:19 am, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : .......)
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Mensagem  Isabel Ter Fev 15, 2011 4:18 pm


Buf, Marcos, não me dá o cérebro para tanto. A mim tanto me tem que essa merda seja vista por milhões de pessoas. Eu não consigo vê-la e também moro neste mundo, por enquanto. Gostei disso de que a tal deveu não esquecer de nomear aos radicais lusistas, mas não ia cair essa "breva". Pelo que adivinho, isso ela não falou. Sei que ainda não somos tão importantes... Mas tudo chegará se fazemos por que chegue.

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Mensagem  mceleiro Ter Fev 15, 2011 6:10 pm

Isabel, acho que não estás a compreender o que está a acontecer.

Não se trata dos espectadores de Gran Hermano nem da concursante ignorante essa, senão da reação que está a causar. Só no facebook há mais de 30.000 pessoas, dessas que não leem jornais nem se indignam por nada, maldizendo a uma parva e visibilizando com total clareza a galegofobia. E sem discussão, por unanimidade, sentindo vergonha da situação sociolinguística da Galiza.

Nada tem a ver com os «sentidos peyorativos» de Rosa Diez, pois a maioria dessa gente nem sabe quem é Rosa Diez, mas esta tal Marta não vem de insultar, senão de explicar o que realmente acontece na Galiza, e esse é o verdadeiro insulto, o maior de todos.

Parte da indignação é porque esta fulana os sacou do seu mundo idílico de convivência pacífica do galego e do castelhano e lhes mostrou a crua realidade. E parte dessa indignação está a ser contra eles mesmos por terem permitido chegar a isto.

E neste contexto há reitegracionistas tocando-lhes ainda mais a moral, porque lhes mostram não só os preconceitos espanholistas, senão também os isolacionistas. E a necessidade de sair da passividade e mudarem as cousas ou aturarem os galegófobos que tanto os indignam.

E esse grupo social que sabe quem é Marta López de Gran Hermano, mas não sabe quem é Ricardo Carvalho Calero, está a fazer perguntas aos reintegracionistas e está ficando a saber. Estão a sair temas que não sabiam que existiam e questões que nunca lhes passaram pelas suas cabecinhas esvaziadas.

Surpreendentemente, a atitude é de absoluto respeito ao reintegracionismo em quase a totalidade da gente, nada a ver com os típicos debates reitegratas vs. isolatas do defunto Vieiros. E essa «cousa novidosa» chamada reintegracionismo está a despertar interesse. Muito.

Com que o 1% dos indignados com a fulana de Gran Hermano decidam transformar a sua indignação em ação, eu já me daria por satisfeito.

E acho que esse desafortunado vídeo, pode ser muito produtivo para o reintegracionismo ganhar adeptos.
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Mensagem  mceleiro Ter Fev 15, 2011 6:22 pm

E prova do «perigo» dos comentários «lusistas» é que estão a ser apagados. E novamente repetidos. Temos uma pequena batalha aí armada...

Mas entre que apagam e não apagam, a gente está a ver os vídeos da estratégia luso-brasileira de Valentim R. Fagim...
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Mensagem  Isabel Qua Fev 16, 2011 1:15 am


Ótimo. Não estou a prestar muita atenção ao Facebook. E com certeza, não entendo o que está a acontecer.

Não podemos estar sempre em tudo. Mas vejo que a cousa está em boas mãos.
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Mensagem  Isabel Qua Fev 16, 2011 1:30 am


Acabo de ver o grupo FB esse. Muita gente (mais de 21.000) que vai "assistir" um evento que não sei exatamente de que se trata...

Mas vi também uma notícia da Coz:

http://www.lavozdegalicia.es/genteytelevision/2011/02/15/00031297803664830482246.htm

Caralho, eu não assisti o vídeo mas se o pai pede desculpas por algo será. A não ser que se trate, singelamente, de aumentar a propaganda da filha e do programa...

Sinceramente, se não falou de lusismo e lusistas, eu não acrescentaria a "fama" da rapariga. A vaquinha pelo que vale.
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Mensagem  paulo Qua Fev 16, 2011 4:03 am

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Última edição por paulo em Qui Mar 03, 2011 12:19 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem  Vicente Qua Fev 16, 2011 5:06 am

O Marcos leva razão, estamos a ter uma boa oportunidade para fazer canalizar a raiva, indignação e carragem colectiva cara a bom porto. Há mensagens nessas páginas do facebook a cada minuto!:

https://www.facebook.com/event.php?eid=126633860738286

E respostas, como as do Marcos nesses textos estão a fazer com que censurem algumas (eu já vim desaparecer um par delas) por causa de que assinala as causas e os responsáveis: o espanholismo, políticos e políticas concretas.

E certamente o reintegracionismo não está a ser atacado como há um tempo, ou isso estou a perceber eu, mas observado com curiosidade.

Deixo aqui uma mensagem que estou enviando no correio privado (o do FB) para alertar aos amigos reintegratas do que está a acontecer:

"Car@ amig@,

Ontem várias páginas relacionadas com a denúncia da parva de Gran Hermano foram fechadas suspeitosamente após aparecerem nelas textos como este do companheiro Marcos Celeiro:

https://www.facebook.com/pages/Marta-Lopez-Gran-Hermano-fora-de-Galicia-Petarda/188707637828695#!/note.php?note_id=10150140285843000&id=1314951704

...e comentários no mesmo sentido, comentários de alguns companheiros/as reintegratas que faziam referência a responsáveis políticos, ultrapassando o problema duma simples petarda no GH, assinalando directamente ao espanholismo e visualizando o conflito aos centos e miles de galegos que apoiaram essas páginas contra a galegofobia da tal Marta.

O espanholismo não gosta, que para além de expressar carragem e indignação colectiva, os galegos nos organizemos em resposta/s de acção, ou que simplesmente assinalemos com o dedo os culpáveis.

Agradeceria-te que nos ajudasses a divulgar textos como este e participes com os comentários nos diferentes lugares onde muitos galegos mostram o seu rejeitamento contra estas atitudes de racismo linguístico do jeito que parece que lhes incomoda: aclarando as causas e os responsáveis.

https://www.facebook.com/pages/Marta-Lopez-Gran-Hermano-fora-de-Galicia-Petarda/188707637828695

Saudações "

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Mensagem  Isabel Qua Fev 16, 2011 6:21 am

Vale, está bem, caros. Há muita gente zangada, sim. Ainda bem. Já digo que não pude ver mais que o primeiro minuto, mas imagino o resto de idiotices da rapariga, ainda que prefiro poupá-las.

Sim, não quero ouvi-las. Não tenho por que aguentar tal cousa. É mais, não me interessa aguentar nada disso. Passo-me a vida tentando fugir desses ambientes e criando um lugar onde me sentir cómoda. Não é olhar para outro lado, mas um pouco de saúde mental, um pouco de exercício de sobrevivência. Para sobreviver, caramba.

Aproveitar para dirigir opinião? Mas, isso não se faz assim. Oxalá consigais o que pretendeis, mas enfim, em qualquer caso, parece-me bem que vos emocione e acheis algo de útil em brigar com a gente para que façam caso, para que tirem o véu dos olhos ou dos ouvidos, ou dos miolos. Aquilo das fronteiras psicológicas, que dizia o Paulo noutro fio.
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Mensagem  Gascon Qua Fev 16, 2011 7:16 am

Isabel Rei:
Sim, não quero ouvi-las. Não tenho por que aguentar tal cousa. É mais, não me interessa aguentar nada disso. Passo-me a vida tentando fugir desses ambientes e criando um lugar onde me sentir cómoda. Não é olhar para outro lado, mas um pouco de saúde mental, um pouco de exercício de sobrevivência. Para sobreviver, caramba.

Ah, vocé aprendeu decontado do ex-presidente da RAG: esgueirar-se da refrega. Continue no seu mundo ideal de Pandora, aí sim que é umha heroina.
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Mensagem  Gascon Qua Fev 16, 2011 7:21 am

Eis mais umha oportunidade, embora internética, para os reintegracionistas largarem a ideologia, sairem da trincheira e denunciarem tanto a argalhada espanholista coma a isolopata. Mas hai-nos, hai-nas, que estám moi bem arreconchegadinhas na sua trincheira, n’é? Imaginam umha humanoide azulada de tres metros e meio de altura a falar ca fulana esa do grande irmao?

Science fiction at its best ...
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Mensagem  Pedro Bravo Qua Fev 16, 2011 7:31 am

Muito correu este fio desde a última vez que entrei. Lerei mais tarde. De momento vou colar uma parte das minhas reflexões ao respeito.

Dizia Isabel ao começo:

E eu não dou passado do primeiro minuto. E vós como fazeis?

Com licença do Gascon, que afeia minhas pedantes latinices, lembraria à cara Isabel, e também a mim próprio, que, ante as “ações humanas”, non ridere, nec lugere, neque detestari, sed intelligere.

Acho que este episódio é um pequeno presente para a causa do galego, pelo que podemos estar gratos à senhorita pela sua contribuição a dita causa. Ainda que precisamente os que apelam ao comum da gente aleguem que se trata dum caso particular e, portanto, irrelevante. Os que lembramos que os preconceitos (conjunta de ignorância e vileza) contra o galego seguem vigentes podemos ser acusados de “cansativos”, mas não de trasnoitados.

Podemos distinguir (analiticamente) dois aspectos do discurso:

1) Formal: a língua na que se exprime a senhorita; neste caso, a castelhana.
2) Material: o conteúdo (ou mensagem), no que à sua vez podemos aplicar, também analiticamente, a mesma distinção:

2. 1) Formal: o modo em que se exprime a senhorita (sintaxe, léxico, dicção, etc.); neste caso, corresponde à classe média (talvez média baixa), escassamente letrada, urbana (talvez de bairro), que poderíamos qualificar, talvez caindo também nós no preconceito, como “neo-paleta”.
2. 2) Material: o conteúdo, no que à sua vez aplicamos a mesma distinção:

2.2.1) Formal: ateigado de, se não monopolizado pelos, estereótipos ou preconceitos (por exemplo: se fala galego então é pailão rural ou esnobe nacionalista)
2.2.2) Material: os enunciados fáticos (a maioria da gente que fala galego procede de zonas rurais ainda não plenamente assimiladas pelas estruturas dominantes: ensino, meios de comunicação, etc., ou, o faz por escolha consciente movido por razões políticas).

[A análise podia começar desde mais cima (forma: linguagem não verbal; matéria: linguagem verbal) e prosseguir para abaixo (forma: categorias, lógica; matéria: conceitos empíricos).]

Verei se posso resumir para mais tarde as muitas observações que levanta este episódio, ainda limitando-nos ao exemplo aduzido: “se fala galego (ou) é pailão ou (é) nacionalista” (teria de perguntar à senhorita se a disjunção é includente –A ou B, só falsa quando ambos enunciados são falsos- ou excludente –ou A ou B, falsa quando ambos enunciados são verdadeiros ou falsos).

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Mensagem  paulo Qua Fev 16, 2011 11:27 am

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Mensagem  Nambuangongo Qua Fev 16, 2011 1:06 pm

Gascon escreveu:Eis mais umha oportunidade, embora internética, para os reintegracionistas largarem a ideologia, sairem da trincheira e denunciarem tanto a argalhada espanholista coma a isolopata. Mas hai-nos, hai-nas, que estám moi bem arreconchegadinhas na sua trincheira, n’é? Imaginam umha humanoide azulada de tres metros e meio de altura a falar ca fulana esa do grande irmao?

Science fiction at its best ...

Oi Gascon, não vi os teus comentários no facebook.

Que se passa contigo? Não tens conta do fb, vai frio fora da tua trincheira, ou criticar em vez de fazer é mais doado, ou simplesmente «Science fiction at its best ...»?


Parabéns rapaz, tu sim que sabes!! Tu sempre com a faca na mão, quando não é encenando os teus maravilhosos harakiris, é dando navalhadas a torto e a direito. Sorte que neste mundo virtual tens muitas vidas...
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O galego e a galegofobia no programa "Gran Hermano" 2011  Empty Re: O galego e a galegofobia no programa "Gran Hermano" 2011

Mensagem  paulo Qua Fev 16, 2011 3:43 pm

O programa do que estamos a falar, acho que avondo de mais, não é um invento espanhol; programas como esse foram paridos em nações muito avançadas como Alemanha ou a Grã Bretanha; cópias deste programas foram compradas às produtoras originais que tiveram a ideia recriar a "convivência" numa casa de pessoas de diferente perfil, fórmula que foi "aperfeiçoando" através duma cuidada selecção que foi combinando, ao longo dos sucessivos anos -mais já duma década- a entrada no programa de gentes de origens diversas: modelos, gais, lesbianas, ananas (pessoas miúdes), imigrantes muslimes, bascos, galegos de forte sotaque, gogós e gagás, rapazes de vinte anos com homens ou mulheres de quarenta, pessoas de baixo extracto social e gente agressiva (numa das edições espanholas botou-se do programa a um participante por maltratador e logo foi posto em nómina em quatro ou cinco programas diferentes e aínda anda em activo).

O desejo do programa é converté-lo na única realidade possível; no único que a gente vê: quando a primeira edição, as segundas-feiras a gente no meu trabalho comentava as galas de expulsão, apoiava a um ou odiava a outro por isso que diz ou fiz... Conseguira-se uma universalidade tipo Mátrix muito bem artelhada, bem certo que no ermo das televisões que hoje já não rege (há muitas de mais e a audiência dispersou-se).

Porém, que estejamos na Galiza, desde a ocupação franca e nobre da dignificação duma nação em caminho de autonegação/autodeterminação e aínda mais, procurando buscar referentes ajeitados na cultura internacional que mais própria nos é -a Lusofonía- que estejamos, digo, repito, a discutir sobre o G.H. duma canle espanhola de lixo é um triunfo de Espanha e da merda que nos querem pôr na cabeça.

Dedicámos-lhe já avondo tempo a uma pataqueirada. Pode que sejamos marcianos e que o nosso país seja irreal, ou que o irreal seja nem já o país deles, senão o Mundo mesmo deles; em qualquer caso, qual seja o verdadeiro ou falso, resultam incompatíveis. E como é que pelo de agora foram eles os que entraram na casa nossa é que vão malogradamente ganhando.
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O galego e a galegofobia no programa "Gran Hermano" 2011  Empty O problema de fundo

Mensagem  mceleiro Sex Fev 18, 2011 5:43 pm

Essa rapariga é um insignificante produto do tele-lixo, mas representa o que acontece com milhares de galegos. O problema de fundo é este:



(Mude-se «cor da pele» por «língua»)
mceleiro
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Mensagem  Isabel Sáb Fev 19, 2011 1:37 am

Marcos, é. É racismo cultural.

No programa onde saem todas as misérias, também saiu essa. É uma merda que eu nem sequer dou visionado...

Mas a difusão da merda não ajuda a parar a sua produção. Acredita, para apagar jogadas como essa (já não penso na marioneta, mas na intenção dos responsáveis pelo programa, em primeira instância e na dos promotores do racismo cultural espanhol, em última instância) o melhor é agir de outro modo.

É essa carragem ancestral a que nos algema. Na realidade, há muito campo livre e vida além dos fascistas do estado único.

O que achas?
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O galego e a galegofobia no programa "Gran Hermano" 2011  Empty Re: O galego e a galegofobia no programa "Gran Hermano" 2011

Mensagem  mceleiro Sáb Fev 19, 2011 4:45 am

Isto não é só um problema duma parva que a nós não nos afeta: quando se vai a uma entrevista de trabalho e ao fulano que tens diante «le da bajón» que fales galego, ADEUS EMPREGO. Ou se ao professor que avalia o teu exame «le da bajón» se está em galego, ADEUS APROVAR ESSA MATÉRIA. E assim até o infinito, todos conhecemos centos de situações destas.

A língua (qualquer língua) não pode ser uma marca de militância política, nem de procedência urbana ou rural, e muito menos um indicador de classe social. Marta de GH12, igual que a maioria (e já sei que todos não sois assim) dos castelhanofalantes, e igual que os políticos e os jornais que lhes fazem propaganda, vem de fazer tudo isto. E ainda outra cousa mais grave: situar a língua como indicador de nível intelectual. Todo isto não é mais que uma forma de fascismo. E se temos que ser intolerantes com alguém, esse alguém são os fascistas. Fascistas NUNCA MAIS!!!.

Pois eu até diria que esta tal Marta é uma excelente aluna de Galicia Bilingüe e companhia (PP, PSOE, UPyD)
O galego e a galegofobia no programa "Gran Hermano" 2011  Watch?v=nmXqNd4w6VE&feature=related

O galego e a galegofobia no programa "Gran Hermano" 2011  183742_1873839888456_1314951704_32176107_3197202_n


Desculpa, mas o problema não é nem Marta nem Gran Hermano, o problema são os milhares de urbanícolas galegos que pensam como essa fulana, e que esses preconceitos não aparecem porque sim, senão porque os fomentam os de Galicia Bilingüe, UPy...D, e importantes setores do PP e PSOE, com a gravidade de que eles estão governando e marcando as políticas linguísticas e educativas.

Marta não é mais do que uma vítima. Canalizai a vossa raiva contra os verdadeiros responsáveis.

Esta pobre rapariga não é mais do que um produto da aculturação que o Estado Espanhol promove na Galiza, e por desgraça não é ela só quem pensa assim, há milhares de pessoas, e cada vez mais.

O ódio para eles, o nosso escudo é o amor, assim...... que analisemos com sentidinho o que esta pobrinha diz, que vem sendo o discurso de Galicia Bilingüe, UPyD, um setor importante do PSdG-PSOE e ainda outro muito maior do PP, com a gravidade de que gente com essas ideias está a GOVERNAR e a EDUCAR, é dizer, a criar mais e mais pessoas que pensam assim.

Isto que diz uma insignificante concursante dum programa-lixo espanhol, é o mesmo que diz Mariano Rajoy, com uma diferença: Marta aspira a dar entrevistas nos programas de cotilheo, e como muito, ensinar as tetas em Interviú, o Mariano aspira a ser presidente do estado espanhol, ou ainda sem sê-lo, a apoiar políticas linguísticas que fomentam o auto-ódio e ingorância que esta pobrinha leva no corpo.

Uma professora propõe aqui uns excelentes exercícios para analisar em que consiste realmente o PROBLEMA, porque não é uma opinião respeitável, é UM PROBLEMA DE CONVIVÊNCIA:

http://aprofa.blogspot.com/2011/02/hablaba-en-gallego-que-bajon.html

Eu ainda vos quero propor outro exercício ainda mais interessante:

Os preconceitos, incoerências, deformações e ódios de Marta são evidentes. Mas tu,, ESTÁS LIVRE DE PRECONCEITOS LINGUÍSTICOS?

Porque muita gente que está a comentar aqui esquece que o mesmo SISTEMA ESPANHOLIZANTE que introduziu na cabeça de Marta muita porcaria, também é o que a nós nos educou e educa, e também nós estamos sujeitos a PRECONCEITOS.

Pediria-vos, por favor, a todos os que ainda não vistes o vídeo dividido em 3 partes que vou deixar a continuação que gasteis nisto uns minutos do vosso tempo de navegação, e reflexioneis sobre algumas das cousas que também nos metem na cabeça, e não só os espanhóis, senão também alguns dos que se declaram galeguistas.

Parte 1/3
https://www.youtube.com/watch?v=gL9WmaGqd1o&feature=related

Parte 2/3
https://www.youtube.com/watch?v=3_FbBCKwcuI&feature=related

Parte 3/3
https://www.youtube.com/watch?v=ggcBcpDVFNE&feature=related

Chega já de fazermos o ridículo, ou o que ainda é pior: NÃO APROVEITAR AS NOSSAS POTENCIALIDADES. Deitemos os preconceitos, e sejamos inteligentes.

Saúde e reflexão!!!

E também se estão a abrir interessantes debates entre os indignados polos ataques ao sesseio e a gheada que faz fulana essa:

Cristina, uma pergunta: como é que sendo o sesseio a característica dialetal da parte da Galiza mais povoada, nos anos 80 a esmagadoramente maioritária, a mais histórica, a harmoniosa com portugueses e brasileiros,....é «expulsado» do «gale...go normativo»?

Como é que a RAG não o estabelece como pronúncia culta e preferente diante dos que como eu «ceceiamos»?

Como é que não fala com sesseio o aprentador do Telejornal da TVG?

Como é que sendo um traço maioritário, em 30 anos os falantes jovens dessa área dialetal não falam com sesseio?

Conheces algum político do BNG (seica os máximos defensores da língua) que fale com sesseio nos mítins ou diante das câmaras?

Será porque as «autoridades linguísticas» galegas também consideram que falar com sesseio e gheada é de BRUTOS e PALETOS?

Os preconceitos não são exclusivos dos castelhanofalantes que odeiam o galego, também existem entre os próprios galegofalantes, também cheios de ódio, neste caso auto-ódio.

Os poucos jovens de Vigo ou da Crunha que falam galego, cidades dialetalmente DE SESSEIO, falam em galego com SEM SESSEIO, porque como falar galego é de «paletos o nacionalistas» eles preferem falar como «os nacionalistas» a como «os paletos». O mesmo preconceito que tem esta fulana de Gran Hermano está presente em muitos «gloriosos galeguistas».

E por qué? Pois porque os introduz o espanholismo, e os pobres galegos não se sabem defender.

Podes observar que eu escrevo «raro», não é? Jogaria algo a que tu também tens uma boa quantidade de preconceitos quanto a isto. (Também eu os tinha, antes de escrever assim escrevia como me ensinavam os professores do reino de espanha)

E vão ficando no mural informações, cousas que a gente desconhece:


Sobre como se vão apagando os traços dialetais e por quê, recomendo-vos a magnífica palestra «O galego ou a caminhada do português para o castelhano» de Eduardo Maragoto nas III Jornadas de Língua em Ourense, com o áudio e o PDF de apoio di...sponível aqui:
http://www.pglingua.org/noticias/cronicas/1906-o-galego-ou-a-caminhada-do-portugues-para-o-castelhano

Até diria que esta palestra deveria ser de escuta obrigatória para todos os galegos. Especialmente para os neo-falantes, porque se explica como é a prosódia (ritmo de pronunciação) do galego, justo isso que não sabem fazer, e que faz parecer aos apresentadores da TVG marcianos a ouvidos dos nossos avôs.

Sabeis como soam os poemas de Rosalia de Castro em galego de Coimbra?
https://www.youtube.com/watch?v=sWfP063Zq4Q&feature=player_embedded

Bixu, desde a posta em prática da «Doma y castración del Reyno de Gallicia» promulgado por Isabel de Castela, na Galiza não se ESCREVE galego-português, mas continuou a FALAR-SE e ainda hoje se faz.
Quando se voltou a escrever, começaram a f...azê-lo pessoas ALFABETIZADAS EM CASTELHANO, e com toda a sua melhor vontade, TRANSCREVERAM AS FALAS à única ortografia que conheciam, com muitos problemas e dúvidas. Isso foi no século XIX. E cada escritor tinha a sua própria ortografia. Os primeiros dicionários e gramáticas de galego do Rexurdimento até estavam em castelhano.

A princípios do século XX, e sobretudo durante a Segunda República, os intelectuais galegos deram-se conta da necessidade de CRIAR UMA ORTOGRAFIA UNIFICADA, e alfabetizar a gente nela. Era o que se chamava NORMATIVIZAR (definir as normas ortográficas) e NORMALIZAR (restaurar a língua em todos os seus usos, começando polos escritos).

E surgiu um debate, pois havia partidários de criar uma ortografia nova desde zero (não se conheciam os textos medievais) e outros deram-se conta que o galego e o português era a mesma língua que o português e diziam que se devia escrever com a ortografia já existente ao outro lado do Minho, e entretanto não se tomava a decisão, cada um escrevia como sabia e podia, numa autêntica anarquia ortográfica.

Lê aqui o que opinavam pessoas como Castelão, Risco, Murguia, Vilar Ponte, Dieste, etc (embora «provisionamente» escrevirem como sabiam e podiam): http://www.carvalhocalero2010.net/citas

A NORMATIVIZAÇÃO, ALFABETIZAÇÃO e NORMALIZAÇÃO eram os pontos do programa do Partido Galeguista que começariam a ser aplicados com as competências que daria o Estatuto de Autonomia da Galiza dentro da II República. E todos os esforços se centraram em conseguir esse Estatuto.

Mas como bem saberás, um filho de puta assassino deu um golpe de estado, e tal estatuto, plebiscitado e aprovado, não se chegou a aprovar. E todo ficou na longa noite de pedra.

Muitos dos membros do Partido Galeguista foram fuzilados, outros exiliados e morreram lá. O grupo cultural mais ativo, e a máxima autoridade linguística eram as Irmandades da Fala, claramente reintegracionistas. A Real Academia Gallega, que assim se chamava, era na altura muito espanholista.

Durante o franquismo, um setor do Partido Galeguista encabeçado por Ramom Pinheiro «adaptou-se» ao regime, o chamado Pinheirismo, e considerava o galego um dialeto regional do castelhano, com a escusa de que assim era admitido polo regime, que deixava publicar à editorial Galaxia os seus textos. Mas não todos. Havia gente como Ricardo Carvalho Calero que continuava fiel ao ideário do PG republicano, só que nada podiam dizer nem fazer, e outros como Ernesto Guerra Da Cal que desde o exílio, escreviam em norma portuguesa. Foi esse senhor o maior estudioso e difusor da obra de Rosalia de Castro.

Quando em 1975 morreu o cabrão do ditador e depois Galiza teve novo Estatuto de Autonomia, este dava competências para definir a norma ortográfica, para o ensino da língua, e instrumentos para a normalização.

O velho debate normativo voltou à luz, mas desta volta com os partidários de usar a ortografia castelhana, os pinheiristas, muito fortalecidos, e agora ocupando cargos políticos. Ainda assim, a decisão tomada foi criar uma ortografia provisional de transição a outra reintegracionista, a que logo seria a norma da AGAL. Mas a direita espanhola mandou à merda esta decisão, e por imposição (o conhecido como Decreto Filgueira) declarou que o galego só se podia escrever com a mesma ortografia que o castelhano, e proibiu e perseguiu o reintegracionismo. Todos os linguistas reintegracionistas foram expulsos da universidade e os professores de ideias reintegracionistas expedientados.

E assim foi como se tem imposto isso que a ti e a mim nos ensinaram na escola.

Mas o reintegracionismo continuou vivo desde «a clandestinidade», e pouco a pouco foi saindo à luz, a pesar de todos os esforços por negá-lo e ilegitimizá-lo.

O reintegracionismo não se ensina na escola, só se ensina a renegar dele. Eu também o fazia, e eu também escrevia como tu escreves. Mas abri os olhos, compreendi cousas, e hoje escrevo assim.

Tanto uma opção como a outra merecem todos os respeitos.

Uma aperta.

Etc, etc,

E a gente está lendo isto, reflexionando sobre isto, discutindo sobre isto. E isso é muito importante, porque muita dessa gente está tendo a sua ração diária de leitura em português, e está descobrindo que há uma cousa chamada reintegracionismo que eles nem sequer sabiam da sua existência.

E até entre os detratores do reintegracionismo saem comentários como este:

Naty Montes Pinos: pero que debate mais bonito,todos dando a sua opinión,todo dentro do respeto,mandando información,así da gusto,inda quedamos todos pra tomar unhas cerveciñas e o arranxamos nun vira vai ggg,un pracer xente,que non decaia..
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Mensagem  Isabel Sáb Fev 19, 2011 6:09 am

Vale, pois já te deixo. Tu mesmo.
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