TUDO MÚSICA

Gregório Baudot Puente nasceu na rua de São Sebastião da vila de Colmenar Viejo, população a uns trinta quilômetros de Madrid, em 1884. Seus pais, Florentino e Filipa, eram originários de Tarragona. Desde a sua infância faz parte do Coro Paroquial e o regente, Julião Pascual, ensina-lhe os rudimentos do solfejo. Com só oito anos, o compositor Tomás Bretón converte-se no seu professor. Já no Conservatório de Madrid estuda durante nove anos solfejo, piano, flauta, harmonia e composição. Em 28 de fevereiro de 1905 dá a conhecer a sua primeira obra “Eli Estio” e em 18 de maio desse mesmo ano a “Cantata as bodas de Camacho” para solos, coro e orquestra. Os sucessos na cidade de São Sebastião, cidade onde acostumava passar as férias de verão, (lá estreou “As Odaliscas” e “Dança ideal”) abrem-lhe as portas para os contratos em América atuando não apenas na ilha de Cuba, mas também em Nova York onde substitui, de jeito imprevisto, ao diretor da “Philadelphia Philharmonic Orchestra ”. É-lhe oferecido, mercede a este acontecimento casual, o posto para a Philadelphia Orchestra mas, o seu próximo casamento, fez-lhe renunciar.

Em 1909 casa com Felisa Mansilla Quintana, também nativa de Colmenar, com a que teve sete filhos: Teresa, Felisa, Carminha, Gregório (a quem em casa chamavam carinhosamente Gorin), Luís, João José e Carlos. Por essas datas compõe e estreia “Polonesa”, para flauta; “Andante” para oito flautas, “Alvorada”, “Salve” e “Capricho oriental”.

Pouco tempo depois consegue por oposição ingressar no corpo de Regentes de Bandas Militares. Assim, chega a Ferrol em 1910 ao Regimento número dous de Infantaria de Marinha.

Com só 45 anos vai perdendo vista até ficar quase cego. Com 54 anos é trasladado em estado comatoso, por culpa duma cirrose, da Corunha para o Hospital da Marinha em Ferrol. Aí vem morrer em 4 de novembro de 1938 deixando para a postreridade

2 Óperas (“La Figlia de Yorio” e “Cantuja” esta última tem como cenário o lugar de Carriço, perto a Vilalva estreada no Teatro da Zarzuela de Madrid em 1928 e representada por segunda vez em Buenos Aires em 1929. Entre os assistentes está Ramom Suárez Picalho que escreve a Baudot: “Se estas linhas, escritas a muitas léguas de distância, causam-lhe alguma alegria, darei por pagas as duas horas de emoção que você, nas asas da sua partitura, soube adentrar na minha alma. Com as minhas saudações e o convite de que continue você captando o eco mágico da Terra Galega, aí vão as mãos fraternas e trementes de emoção de S.S.S. - Suárez Picalho.” )
30 Obras Sinfônicas.
8 Zarzuelas .
16 obras de caráter religioso (uma “Grande Misa” inacabada; “Agnus”, “Gloria in excelsis Deo”; “Miserere”; “Benedictus”...)
12 Hinos.
10 Marchas militares entre elas um “Requiem Eternam” na memória do seu amigo Félix León.
12 obras que podemos chamar de menores: passo-dobres, marchas populares, etc.